Na prática, o plano é uma releitura de antigas medidas que já se provaram desastrosas em governos anteriores| Foto: Janno Nivergall/Pixabay
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Em editorial publicado em suas plataformas na internet, nesta quinta-feira (25), o Partido Novo disse que o programa do governo Lula para a Indústria “serve, na verdade, para fortalecer o PT”.

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O plano de “neoindustrialização” do governo prevê R$ 300 bilhões em financiamentos e subsídios ao setor até 2026. Na prática, o plano é uma releitura de antigas medidas que já se provaram desastrosas em governos anteriores.

“Será que o presidente não sabe que projetos similares não dão certo há décadas, e que o último arruinou as contas públicas do governo Dilma, levando o Brasil à sua pior crise econômica da história? Muitos economistas alertaram que, se o governo oferece juros subsidiados de um lado, precisa aumentar os juros do outro. Alguns empresários ganham, outros perdem. A indústria nacional precisa é de menos impostos e menos burocracia, e de um governo que não assuste os investidores com ameaças de calotes ou de inflação”, diz um trecho do editorial.

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Após o governo anunciar o plano, o mercado reagiu mal e, na segunda-feira (22), o dólar subiu e o Ibovespa caiu como consequência das preocupações dos agentes com o impacto fiscal das medidas e com o aumento da inflação, o que impediria o Banco Central de manter a trajetória de queda de juros.

“O governo Lula sabe de tudo isso. Sabe que a exigência de conteúdo local sequer consegue ser colocada em prática. Tem completa noção que o Nova Indústria Brasil não vai fortalecer a indústria, assim como os planos anteriores só prejudicaram as empresas e os brasileiros em geral. De Ernesto Geisel a Dilma Rousseff, os planos de socorro à indústria funcionaram como bolsas-família ao contrário, a tirar dinheiro dos pobres para dar aos ricos. Mas tem um motivo para o PT gostar tanto dessa política: como o BNDES é um banco estatal, quem decide onde vai o dinheiro é o próprio PT. Os bilhões previstos pelo programa de incentivo não vão para as empresas mais produtivas ou sustentáveis, nem para os projetos mais urgentes de infraestrutura, e sim para quem é amigo do governo. Quem dá carona em jatinhos, entra em negociatas, anuncia em publicações favoráveis ao governo”, concluiu o Partido Novo.