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Ministro em exercício da Justiça, Ricardo Capelli, em dezembro de 2023.
Ministro em exercício da Justiça, Ricardo Capelli, em dezembro de 2023.| Foto: MJSP

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, confirmou nesta segunda-feira (29) a sua saída da pasta, após a indicação do novo ministro Ricardo Lewandowski.

“Deixo nesta semana o Ministério da Justiça e Segurança Pública com o sentimento de dever cumprido. Fiz o melhor que pude pela democracia e pelo Brasil. Agradeço ao ministro @FlavioDino e ao pres. @LulaOficial pela oportunidade e confiança. Desejo sucesso ao ministro Lewandowski”, escreveu Capelli pela rede X (antigo Twitter).

Capelli era considerado o braço direito - “número 2” - do ministro Flávio Dino, que deixará o cargo a partir de fevereiro, para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele teve atuação em importantes episódios do atual governo, como a intervenção na segurança pública do Distrito Federal durante os atos de 8 de janeiro de 2023. No final do ano passado, o então secretário chegou a ser cotado para assumir o posto de ministro, após assumir interinamente o cargo de Dino. Porém, a permanência dele no cargo e como secretário-executivo foi refutada por petistas.

Em mensagem de despedida do cargo, Capelli ainda agradeceu “o apoio de todos os servidores”e disse que sem eles “seria impossível” fazer o que foi feito. “Agradeço muito as palavras recebidas de cada um de vocês por aqui nos momentos mais difíceis. Vocês não têm ideia de como essa energia nos ajuda a seguir firmes pelo Brasil”, disse.

Além de anunciar a sua saída, Capelli também comentou sobre a operação da PF, realizada nesta segunda (29), contra o vereador Carlos Bolsonaro. “Cometem crimes e apontam o dedo. Espionaram e monitoraram ilegalmente milhares de brasileiros e brasileiras, e agora se dizem perseguidos. Quem os persegue são os princípios consagrados na Constituição. Parabéns ao trabalho técnico e profissional da @policiafederal”, declarou.

Capelli ainda não informou onde deve atuar após a saída do Ministério da Justiça. Ele é jornalista de formação, pós-graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Quando Dino era governador do Maranhão, ele foi secretário de Estado de Comunicação. No primeiro mandato de Dino no estado, Cappelli chefiou o gabinete de representação institucional do Maranhão em Brasília.

Novo “número 2”

O novo “número 2” da Justiça será o jurista Manoel Carlos de Almeida Neto. Ele foi o escolhido do futuro ministro Ricardo Lewandowski por ter uma relação muito próxima – de amizade fora das repartições públicas – com o magistrado aposentado do STF.

Ao longo dos anos, Manoel desempenhou papéis importantes na Corte, incluindo o de secretário-geral da Presidência do STF (2014-2016) e da presidência do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil (2010-2012), ambos períodos em que Lewandowski estava à frente das instituições.

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