A semana começou com uma reforma ministerial no governo Jair Bolsonaro. E a saída de Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa pegou muita gente de surpresa. Só que essa mudança diz muito sobre o que o presidente espera.
Entenda o que está por trás das mudanças na pasta em um minuto.
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Ministério da Defesa: quais as mudanças e os impactos disso
Para ocupar o lugar de Azevedo e Silva, o presidente escolheu o general Walter Braga Netto, que até então era o ministro da Casa Civil.
Essa dança das cadeiras indica que Bolsonaro quer um ministro mais alinhado ao seu governo e não apenas com as Forças Armadas.
Teria sido isso o que custou o cargo de Azevedo e Silva. Ele sempre procurou adotar uma postura de neutralidade dos militares em relação à gestão do presidente. Não por acaso, sua nota de despedida diz que ele preservou as “Forças Armadas como uma instituição de estado”.
Segundo relatos de bastidores, Bolsonaro queria que o agora ex-ministro fizesse declarações em apoio ao governo, o que poderia ser visto como um envolvimento direto das Forças Armadas com a política de governo. Isso teria desagradado o presidente.
Além disso, teve a questão da Covid-19. O exército nunca endossou a defesa do "tratamento precoce" e defendia o isolamento social como a medida mais eficaz contra a doença.
Mas como fica essa relação com a ida de Braga Netto para a Defesa? Apesar de ser um ministro do núcleo-duro do Planalto, isso não significa que ele vai obedecer e concordar com o presidente em tudo. Por outro lado, militares ouvidos pela Gazeta do Povo entendem que o novo ministro deve ter um perfil um pouco mais complacente nesse sentido.
Por outro lado, há o temor entre os militares de que o novo ministro seja menos institucional e mais político, o que desagrada parte das Forças Armadas.
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