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Jair Bolsonaro
Ex-presidente Jair Bolsonaro criticou operação da PF contra ele e aliados por uma suposta tentativa de golpe de Estado.| Foto: André Borges/EFE

Alguns parlamentares da oposição e o advogado Fábio Wajngarten repercutiram nesta sexta-feira (15) a derrubada do sigilo dos depoimentos de ministros e ex-generais que tornou pública a suspeita tentativa do ex-presidente Jair Bolsonaro de realizar um "golpe de Estado", após a derrota nas eleições de 2022. A quebra de sigilo foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Requentam as narrativas, precisam justificar as arbitrariedades. O povo porém …..abraça nosso ⁦@jairbolsonaro⁩.", escreveu o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), ao publicar um vídeo com a acolhida ao ex-presidente em visita a cidade de Cabo Frio/RJ, na rede X.

Já Wajngarten afirmou que em nenhum momento ouviu "nada de golpe, nem prisão, nem de nada" e alegou que "tem um monte de focas adestradas, bajuladores nato, que falavam o que que queriam para ganhar segundos de atenção e notoriedade". O advogado do ex-presidente ainda apontou que alguns [depoentes] "quando apertados, se escondem e ou se portam feitos melhores amigos de infância de quem sempre repudiaram".

"São notas de 3. São amigos do poder da vez. A insignificância é a maior e melhor característica. Engodos lato senso. Deslumbrados pelos microfones, garçons e motoristas. Medíocres", escreveu Wajngarten pela rede X.

Para o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), a retirada do sigilo dos depoimentos "tem como objetivo tentar queimar a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Como bem observou a mídia esquerdista, como o Blog Noblat, o judiciário quer ver sua vítima agonizando. Quem não percebe o quanto isso é inapropriado ao judiciário, já morreu por dentro" escreveu na rede X.

Carla Zambelli é mencionada em depoimento

Após ser mencionada no depoimento do ex-comandante da Aeronáutica Carlos Batista Júnior, a deputada Carla Zambelli veio a público se posicionar. Em depoimento à Polícia Federal, Batista Júnior disse que Zambelli pediu a ele que ajudasse a reverter o resultado das eleições de 2022.

Baptista disse à PF que foi abordado por Zambelli em dezembro de 2022, após uma formatura militar em Pirassununga (SP). Na ocasião, ele conta que a deputada o abordou dizendo: “Brigadeiro o senhor não pode deixar o presidente na mão”. Ao respondê-la, ele disse: "Deputada, entendi o que a senhora está falando e não admito que a senhora proponha qualquer ilegalidade".

“Eu não sabia que Generais de alta patente aceitavam pressão de uma deputada de baixo clero. Nossas Forças Armadas já tiveram comandantes melhores. Triste.”, escreveu Zambelli na rede X.

Em nota, divulgada pelo O Globo, a defesa da deputada afirmou que "desconhece os fatos envolvendo essa minuta, reiterando que igualmente jamais anuiria, pediria ou solicitaria algo irregular, imoral ou ilícito". "Ademais, não se recorda desse fato reportado e se, porventura, pediu acolhimento, o fez por causa da derrota nas eleições, apoio que seria perfeitamente plausível naquele momento", diz o advogado Daniel Bialski, no texto.

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