O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "tem todo o interesse em interagir" com parlamentares do PL – o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com Padilha, a legenda tem parlamentares que "não passaram pano para os atos terroristas de 8 de janeiro" e votaram a favor da reforma tributária e do marco fiscal, por exemplo. O governo quer a participação desses integrantes da legenda, especialmente nos estados.
"Temos que consolidar a presença da frente política dentro do governo, saudando a possibilidade de parlamentares que representam bancadas de partidos que tiveram compromisso conosco para que eles possam participar do governo", disse Padilha à Folha. Isso inclui PP e Republicanos – partidos que, apesar de conservadores, estão se aproximando do governo.
A partir de agosto, Lula deve se reunir com lideranças partidárias para definir quais ministérios serão oferecidos às legendas. PP e Republicanos já têm seus indicados: André Fufuca (MA) e Silvio Costa Filho (PE), respectivamente.
Expectativa pela reforma tributária
Além de "consolidar a presença da frente política dentro do governo", Padilha também afirma que a expectativa é de que, no segundo semestre, haja a conclusão da reforma tributária no Congresso. O texto já foi aprovado na Câmara dos Deputados e aguarda apreciação no Senado.
Sobre derrotas do governo no Congresso, Padilha afirmou que "é muito raro que um time seja campeão invicto no campeonato". "Você ganha, você empata, você perde dentro de casa, você perde fora de casa, mas você não pode perder a final. No segundo semestre, vamos buscar aprimorar", completou.
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