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Embaixador de Israel
Embaixada de Israel no Brasil, chefiada por Daniel Zonshine, diz que entidades e partidos políticos se apressaram em condenar o país sem provas.| Foto: Pedro França/Agência Senado

A Embaixada de Israel no Brasil afirmou, na manhã desta quarta (18), que partidos políticos e entidades brasileiras aceitaram a “falsa narrativa” do Hamas ao culpar o país pelo bombardeio ao hospital Al-Ahli, em Gaza, na terça (17). Assim como tem feito o governo israelense, a embaixada reforçou que a bomba que caiu sobre o hospital se tratou de “um disparo equivocado de um foguete lançado pela organização Jihad Islâmica Palestina”.

A crítica ocorre um dia depois de o embaixador Daniel Zonshine rebater uma resolução do PT que diz que Israel faz um “genocídio” contra a população de Gaza.

Na nota (leia na íntegra abaixo), que contesta a acusação, a embaixada diz que o país “esperou pela conclusão das investigações” por vídeos e gravações provenientes de Gaza, ao contrário de grupos que “infelizmente, apressaram-se em culpar Israel sem qualquer prova”.

“Ao contrário de outros, Israel é sempre obrigado a verificar os fatos antes de fazer uma declaração oficial. Sabemos que este tempo precioso nos custa nas redes sociais pois a falsa narrativa do Hamas é rapidamente adotada, mas estamos empenhados nos fatos e na verdade e não apenas em ganhar o apoio da opinião pública”, disse.

A representação diplomática israelense afirma que vídeos gravados da região de Gaza e que uma gravação divulgada pela IDF (Forças de Defesa de Israel, em tradução livre da sigla em inglês) confirmam que o míssil que atingiu o hospital “se tratava de um lançamento fracassado da Jihad Islâmica”.

O míssil, diz, teria sido disparado contra Israel às 18h59 (horário local) a partir de um cemitério próximo ao hospital, mas falhado no meio do caminho. O armamento era parte de uma ofensiva de foguetes contra as tropas do país.

“O Hamas notou rapidamente que se tratava de um lançamento falho da Jihad Islâmica e decidindo aproveitá-lo em benefício de uma campanha cínica contra Israel espalhando notícias falsas, em todos os canais, de que Israel tinha deliberadamente bombardeado um hospital em Gaza, matando centenas, incluindo crianças”, diz o país na nota.

A embaixada afirma que o ataque frustrado é um crime de guerra e que o Hamas utiliza os habitantes de Gaza “apenas como uma ferramenta para atingir os seus objetivos”, e que “fazer eco das afirmações de uma organização terrorista como se fossem verdadeiras e lançar acusações infundadas contra Israel é perigoso e irresponsável”.

Daniel Zonshine disse, na terça (17), que o PT não tem legitimidade para pregar direitos humanos e, ao mesmo tempo, condenar Israel por se defender de terroristas que “matam crianças e estupram mulheres”. A reação gerou um contra-ataque do partido que, no mesmo dia, publicou uma nota considerando a posição dele como uma interpretação “totalmente falsa e maliciosa” da resolução.

“Afirmar que o PT considera ‘o assassinato bárbaro, a violação e a decapitação de pessoas luta política legitima’, como faz a nota da embaixada, é uma atitude inaceitável por parte de quem tem a responsabilidade de representar no Brasil um país amigo”, disse Gleisi Hoffmann, presidente do partido, na nota.

O conflito entre Israel e o Hamas em Gaza tem gerado preocupações internacionais sobre a violência e o impacto humanitário na região.

Desde o início dos ataques, no dia 7, mais de 4,2 mil pessoas morreram, sendo cerca de 2,8 mil palestinos e 1,4 mil israelenses, além de estrangeiros que estavam em Israel no momento dos ataques no dia 7. Entre eles, quatro brasileiros e parentes diretos.

Leia a nota da Embaixada de Israel na íntegra

"Ontem ocorreu um desastre no hospital Al-Ahli, na Faixa de Gaza. Infelizmente, muitas entidades, incluindo partidos políticos, apressaram-se em culpar Israel sem qualquer prova, adotando a narrativa da organização terrorista Hamas. Israel, em contrapartida, esperou pelas conclusões da investigação, pelos vídeos e gravações provenientes de dentro de Gaza que foram publicados e mostram claramente que se tratou de um disparo equivocado de um foguete lançado pela organização Jihad Islâmica Palestina em Gaza.

Ao contrário de outros, Israel é sempre obrigado a verificar os fatos antes de fazer uma declaração oficial. Sabemos que este tempo precioso nos custa nas redes sociais pois a falsa narrativa do Hamas é rapidamente adotada, mas estamos empenhados nos fatos e na verdade e não apenas em ganhar o apoio da opinião pública.

Às 18h59 de 17/10, uma barragem de foguetes foi disparada contra Israel a partir de um local de lançamento localizado em um cemitério próximo ao hospital. Momentos depois, espalhou-se a notícia de uma explosão no hospital em Gaza. O Hamas notou rapidamente que se tratava de um lançamento falho da Jihad Islâmica e decidindo aproveitá-lo em benefício de uma campanha cínica contra Israel espalhando notícias falsas, em todos os canais, de que Israel tinha deliberadamente bombardeado um hospital em Gaza, matando centenas, incluindo crianças.

Esta manhã, as IDF divulgaram uma gravação e transcrição de uma conversa entre agentes do Hamas na qual foi claramente afirmado que se tratava de um lançamentro fracassado da Jihad Islâmica. Isto é um crime de guerra.

O Hamas vê os residentes de Gaza apenas como uma ferramenta para atingir os seus objetivos e, de fato, se aproveita destas situações para chantagear Israel enquanto tenta responsabilizá-lo por causar danos a civis.

Qualquer pessoa que tenha feito eco das reivindicações do Hamas sem qualquer comprovação ou crítica merece toda a reprovação. Fazer eco das afirmações de uma organização terrorista como se fossem verdadeiras e lançar acusações infundadas contra Israel é perigoso e irresponsável".

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