
Ouça este conteúdo
A Polícia Federal concluiu que Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiu França”, agiu sozinho no atentado a bomba contra o Supremo Tribunal Federal (STF), em 13 de novembro de 2024. Ele morreu em frente à Corte após detonar um dos artefatos explosivos.
Segundo a PF, Francisco não teve ajuda e não recebeu financiamento de terceiros para realizar o ataque, que foi motivado por “extremismo político”. O relatório foi encaminhado ao STF. Além de perícias, mais de 10 testemunhas foram ouvidas no caso.
“Foram utilizados diversos meios de prova, com destaque para a análise das comunicações e dos dados bancários e fiscais; exames periciais em todos os locais vinculados aos fatos; reconstituição cronológica das ações do autor antes e durante o atentado; além da oitiva de mais de uma dezena de testemunhas”, disse a PF em nota divulgada nesta terça-feira (29).
"A Polícia Federal reafirma seu compromisso com a defesa da sociedade e com a preservação do Estado Democrático de Direito e de suas instituições e segue vigilante e preparada para responder, com rigor técnico, imparcialidade e eficácia a quaisquer ameaças à ordem constitucional do país", destacou a corporação.
Em novembro do ano passado, um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apontou que Francisco estava em Brasília pelo menos desde julho. Ele anunciou o atentado nas redes sociais e fez ameaças a autoridades da República como o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
Explosões na Praça dos Três Poderes
O chaveiro Francisco Wanderley Luiz era apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul (SC) nas eleições de 2020. Na noite de 13 de novembro de 2024, ele explodiu bombas caseiras na Praça dos Três Poderes.
Francisco, que tinha 59 anos, morreu após detonar um artefato próximo à própria cabeça em frente ao edifício-sede do STF. Houve também uma explosão no carro usado por ele que estava estacionado perto do Anexo 4 da Câmara dos Deputados.
A PF investigou o caso como um possível ato terrorista e um ataque ao Estado Democrático de Direito. Inicialmente, a principal linha de investigação considerava a hipótese de que Francisco não teria agido sozinho.
A ex-mulher de Francisco, Daiane Dias, disse à PF que ele queria matar o ministro Alexandre de Moraes. Poucos dias após o atentado, em 17 de novembro de 2024, ela colocou fogo na casa do chaveiro.
Daiane sofreu queimaduras de terceiro grau e passou duas semanas internada, mas morreu em 3 de dezembro. Após o incêndio, a Polícia Civil de Santa Catarina suspeitava que a ex-mulher de Tiu França teria colocado fogo no imóvel numa tentativa de se matar.
VEJA TAMBÉM:




