O irmão do governador Cláudio Castro (PL-RJ), Vinícius Sarciá Rocha, é alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quarta (20) que investiga crimes de corrupção e lavagem de dinheiro entre os anos de 2017 e 2020 em projetos de assistência social no Rio de Janeiro.
De acordo com a Polícia Federal, a Operação Sétimo Mandamento aponta irregularidades na execução dos projetos Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel, com o cumprimento de três mandados de busca e apreensão e 13 de quebra de sigilos bancário, fiscal e telemático.
Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e é um desdobramento de uma apuração iniciada em abril por autorização do ministro Raul Araújo para investigar Castro por suspeita de participação em um esquema de corrupção na época em que era vereador e vice-governador.
Segundo informações apuradas pela GloboNews, os policiais apreenderam R$ 128 mil e US$ 7,5 mil em espécie na casa de Rocha, escondidos em um cofre e em caixas de remédios.
Horas depois, o ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decretou a quebra dos sigilos bancário e telefônico de Castro para apurar se há alguma ligação com o esquema tocado pelo irmão.
A participação de Rocha no esquema foi apurada pela GloboNews. Ele é presidente do Conselho de Administração da Agência Estadual de Fomento (Agerio). A Gazeta do Povo tenta contato com a Agerio.
A PF afirmou à reportagem que "não divulga nomes de eventuais presos ou investigados".
A defesa de Castro divulgou uma nota afirmando que a operação “não traz nenhum novo elemento à investigação que já transcorre desde 2019” e que “reitera a confiança plena na Justiça brasileira”.
“Só o fato de haver medidas cautelares, quatro anos depois, reforça o que o governador Cláudio Castro vem dizendo há anos, ou seja, que não há nada contra ele, nenhuma prova, e que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, a qual vem sendo contestada judicialmente”, completou.
Segundo a investigação da PF, a organização criminosa “penetrou nos setores públicos assistenciais sociais no âmbito do estado do Rio de Janeiro e realizou fraude a licitações e contratos administrativos, desvio de verbas públicas e pagamentos de ‘propinas’ aos envolvidos nos esquemas criminosos”.
Ainda segundo a corporação, o grupo obteve vantagens econômicas e políticas indevidas, pois “procurou direcionar a execução dos projetos sociais para seus redutos eleitorais, aproveitando-se também da população mais necessitada”.
A PF apurou que havia o pagamento de propina entre 5% e 25% dos valores dos contratos, que totalizam mais de R$ 70 milhões. As investigações seguem em sigilo.
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