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PT de São Paulo argumentou que ato de Bolsonaro na Paulista pode virar novo 8 de janeiro e pediu providências ao MP.
PT de São Paulo argumentou que ato de Bolsonaro na Paulista pode virar novo 8 de janeiro e pediu providências ao MP.| Foto: João Guilherme Arenazio/EFE.

O diretório estadual do PT de São Paulo protocolou uma representação no Ministério Público Eleitoral contra o ato convocado para o dia 25 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A legenda solicitou ao MP que determine medidas de prevenção e investigação para conter eventuais crimes contra o Estado Democrático de Direito, de financiamento irregular e de propaganda eleitoral antecipada. O PT argumentou que a manifestação pode virar um novo 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas, em Brasília.

"Não se nega o direito de livre manifestação de pensamento e a possibilidade de realização de manifestações públicas. Tais direitos, todavia, não podem afrontar o Estado Democrático de Direito", diz o documento, que foi assinado pelo presidente do diretório, deputado federal Kiko Celeguim. A informação foi divulgada inicialmente pela coluna Painel, na Folha de S. Paulo.

O diretório paulista do PT pede ainda que o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), e a Polícia Militar esclareçam os protocolos de segurança previstos "para garantir que os atos convocados não se desvirtuem em um novo movimento de tentativa de ruptura democrática”. No último dia 15, Freitas confirmou a participação na manifestação em apoio ao ex-mandatário.

Bolsonaro convocou seus apoiadores para irem até a Avenida Paulista vestidos de verde e amarelo para o ato. O ex-presidente pretende rebater as acusações que tem enfrentado nos últimos meses, em especial no contexto da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O inquérito apura uma suposta tentativa de golpe de Estado que teria sido articulada para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.

Após o anúncio da manifestação, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), classificou o ato convocado pelo ex-presidente como “estarrecedor”. Gleisi afirmou que Bolsonaro não usará o ato para se defender, mas para “se contrapor ao devido processo legal, já que as provas contra ele e sua turma não param de aparecer”.

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