A organização “Transparência Internacional” publicou uma nota nesta sexta-feira (22) rejeitando e condenando “as acusações infundadas e o assédio judicial” da empresa J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, no recurso julgado pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a multa de 10,3 bilhões de reais da empresa..
De acordo com a ONG, “a J&F tem usado a lamentável tática de disseminar desinformação sobre o trabalho da Transparência Internacional e dos agentes responsáveis pela aplicação da lei para escapar de sanções criminais e administrativas por grandes esquemas de corrupção que confessou tanto no Brasil quanto nos EUA”. E ainda citam que a empresa usa como “pano de fundo os golpes sistêmicos aos esforços anticorrupção ocorridos durante o governo Bolsonaro”.
Apesar de se comprometer publicamente e perante as autoridades judiciais no Brasil e nos EUA a, A Transparência também diz que “a J&F continua a apresentar informações falsas”, apesar de ter se “comprometido publicamente a descontinuar suas atividades criminosas e a adotar elevados padrões éticos”.
“É desconcertante que a decisão do Supremo, que suspendeu uma multa de US$ 2,01 bilhões à J&F, com base em tais informações, tenha sido emitida por um único juiz num processo sigiloso”, critica a organização.
Veja a fala do François Valérian, presidente da Transparência Internacional:
“A conduta atual da J&F no Brasil revela como a impunidade pode favorecer o mau comportamento de uma empresa, especialmente uma empresa com histórico de grande corrupção e graves crimes ambientais na Amazônia. A recente suspensão das sanções contra a J&F no Brasil, uma decisão baseada em falsas alegações e tomada por um juiz da mais alta Corte do país, é profundamente preocupante. Levanta preocupações de que o comportamento desonesto da J&F e de sua principal empresa, a JBS, persistirão, impactando os direitos das pessoas e o meio ambiente no Brasil e no mundo. As autoridades brasileiras e internacionais, os investidores e a sociedade civil devem tomar medidas decisivas para evitar isso. A Transparência Internacional não se deixará intimidar e permanecerá firmemente comprometida com a luta contra a corrupção no Brasil e no mundo.”
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