A Executiva Nacional do União Brasil aprovou nesta quarta-feira (13) a abertura do processo de afastamento e suspensão do presidente Luciano Bivar do partido. O pedido foi aprovado com 17 votos favoráveis e 15 ausências durante a reunião, na sede do partido, que foi convocada em meio a troca de acusações entre Bivar e o presidente eleito da sigla, Antônio Rueda.
Após a decisão do partido, Bivar tem 72 horas para manifestar a sua defesa a contar de sua intimação. Também ficou definido o prazo de 60 dias para definir sobre a sua expulsão.
Na madrugada da última segunda (11), as casas de praia de Rueda e de sua irmã, Maria Emília Rueda, tesoureira da sigla, foram incendiadas em Pernambuco. A família Rueda não descarta a possibilidade de um “atentado motivado por questões político-partidárias” e apontou Bivar como suspeito de ligação com os incêndios.
Governadores e parlamentares do partido assinaram uma representação contra Bivar com pedido cautelar de afastamento do cargo e expulsão do partido. A motivação foi por conta das “ofensas e ameaças direcionadas a Rueda”, além de “indícios de motivação política criminosa” no incêndio.
A reunião da executiva foi fechada. Porém, segundo informações da assessoria do partido, durante a reunião alguns deputados que antes apoiavam Bivar negaram o apoio no atual momento e disseram que tentaram convencer Bivar a se licenciar do partido.
Bivar ainda não se pronunciou sobre a decisão do partido. Em relação as acusações, ele chamou de ilação e questionou a eleição de Rueda.
“Tudo é ilação, é um factoide. […] Se fez uma eleição fajuta, porque até hoje não tem nenhum documento. Parece que foram eleitos o presidente [Rueda], a irmã [Maria Emília, tesoureira do partido], o cunhado, o irmão, quatro funcionários, foi um negócio absolutamente arranjado”, disse.
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