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Ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) sobre o endividamento dos estados e os repasses da Lei Kandir, bem como para a apresentação das diretrizes e dos programas prioritários do Ministério da Economia, entre eles a reforma da Previdência.
O ministro da Economia, Paulo Guedes.| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu em apresentação no Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília, que a divulgação de supostas conversas entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o procurador e chefe da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, pode ser orquestrada para barrar a aprovação da reforma da Previdência.

Guedes relembrou casos de ataques aconteceram quando um governo esteve em vias de aprovar uma reforma. “Gravaram o Michel Temer, dizem: não vai ter reforma da Previdência. E não foi falta de tentativa. Uma hora é o Michel Temer, outra é o filho do Bolsonaro, hoje é o Moro. Não é coincidência que estoura essa ‘bombinha’ toda hora e se paralisa a marcha dos eventos”, afirmou.

Postura dos deputados

No que depender da oposição ao governo, a tendência é realmente de bloqueio. A líder da minoria na Câmara, deputada Jandira Fegali (PCdoB-RJ), anunciou que irá obstruir a apresentação do relatório da reforma da Previdência (PEC/19) caso Moro não se afaste do ministério da Justiça. O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, engrossou o coro e acusa a Lava Jato de ‘conluio’. Eles disseram que os partidos da oposição vão tentar bloquear todas as votações.

“São atitudes criminosas diante da lei brasileira, há claro ferimento da imparcialidade, há promiscuidade entre poderes, e isso precisa ser investigado e deve levar ao afastamento do ministro Moro”, disse Jandira Feghali, em notícia da Agência Câmara.

Já a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselman (PSL-SP), saiu em defesa do ministro. “Quero cadeia para o hacker que invadiu os telefones de Moro e dos procuradores”, disse na mesma matéria. O vice-líder do PL, deputado Capitão Augusto, também criticou o vazamento e a obstrução da oposição.

“A Operação Lava Jato repatriou bilhões de reais para os cofres públicos e prendeu quadrilhas que saqueavam o Brasil. Queremos uma apuração rigorosa do site Intercept, que violou os celulares de autoridades do Brasil. Quem perde com a obstrução é o Brasil”, declarou.

Paulo Guedes também criticou os vazamento e disse que a reforma é uma prioridade. “O Brasil gasta R$ 750 bilhões com a Previdência só nos sistemas que a União está olhando, sem contar estados e municípios. Com educação, gasta R$ 70 bilhões. Com saúde, R$ 100 bilhões”, discursou na OAB.

Bloqueio de votações ameaça BPC

Caso a oposição consiga realmente bloquear os plenários, deve atrapalhar a votação que busca aprovar um crédito extra ao governo de R$ 250 bilhões, que garantiria o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos muito pobres e pessoas com deficiência.  A votação está prevista para esta terça-feira (11).

O presidente Jair Bolsonaro alertou que a aprovação  é necessária para garantir o pagamento, que pode ser suspenso já no dia 25 de junho por falta de dinheiro.

Líder da maioria na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) afirmou que está na expectativa da aprovação. "Nós trabalhamos a semana toda para que se pudesse aprovar o PLN (projeto do crédito extra), a ideia é que possamos construir um ambiente de aprovação no Congresso", afirmou Ribeiro. "Se aprovando na comissão, se cumprirá a sessão do Congresso amanhã mesmo", disse à Agência Estado.

Já o líder do PSL no Senado Federal, Major Olimpio (PSL-SP), prevê dificuldades na aprovação. "Como o governo não fez o toma lá dá cá, como não fez a distribuição de ministério por partidos, a cada votação nós vamos ter que constituir uma base e, no convencimento, votar", afirmou o parlamentar à Agência Estado.

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