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Canadá e Suécia não são socialistas, afirma professor de filosofia Stephen Hicks
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A esquerda democrata americana flerta cada vez mais com o radicalismo e prega abertamente o socialismo. Basta pensar em estrelas “progressistas” como Alexandria Ocasio-Cortez, a mais jovem deputada eleita que repete clichês sensacionalistas o tempo todo. Ela quer o “socialismo”, mas não aquele existente na Venezuela, e sim o da Suécia ou do Canadá. É erro muito comum na esquerda achar que esses países são de fato socialistas, e que o relativo sucesso de seu modelo de “bem-estar social” se deve às medidas pregadas pela esquerda.

O professor de filosofia Stephen Hicks, autor de excelente livro sobre o pós-modernismo, explicou para Glenn Beck a confusão que muitos fazem sobre tais nações. Ele chama de mito a noção de que foi o socialismo que enriqueceu e trouxe maior igualdade para esses povos. Com seus elevados impostos, esses países seriam exemplos de um socialismo bem-sucedido segundo a esquerda, mas, na prática, foi uma economia livre e competitiva que permitiu sua criação de riqueza.

São países que estão bem no ranking de liberdade econômica, e já foram mais livres ainda no passado, fase de acúmulo de capital e riqueza. Foram políticas orientadas pelo capitalismo liberal que fizeram com que ficassem tão ricos. Agora, se dão ao luxo de taxar mais em nome da igualdade, para redistribuir aquilo que foi produzido. Ou seja, passaram a adotar algumas medidas de cunho socialista, mais um efeito do que uma causa de sua boa condição financeira.

O problema é que, como Thatcher sabia, o socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros. E essas medidas socialistas já têm cobrado um elevado preço. É como a velha máxima: avô rico, filho nobre, neto pobre. Os avós dos suecos e canadenses de hoje foram os que criaram riquezas. Os filhos estão agindo como nobres altruístas, distribuindo recursos em nome do “bem-estar social”. Se o excessivo intervencionismo não for revertido, seus filhos, os netos daqueles que geraram as fortunas, serão apenas pobres.

A esquerda não entende a causalidade das coisas, e observa a relativa riqueza, ao lado de elevada taxação, e conclui: taxar mais é algo positivo. Não é capaz de compreender que tal taxação é um luxo que os ricos podem ter, e que mesmo assim custa muito caro e cobrará um alto preço à frente (já está cobrando, na verdade). Um esquerdista é aquele que jura que o sol nasceu porque o galo cantou!

Não tem jeito: o mecanismo de incentivos de um modelo “igualitário” é perverso e não combina com a natureza humana. Algumas culturas podem ser diferentes e dar mais peso ao coletivo, mas ainda assim o homem continua sendo homem. Para produzir mais riqueza, ele tem que contar com um sistema de recompensa que lhe garanta ficar com a maior parte daquilo que ele criou. “A cada um de acordo com suas necessidades e de cada um de acordo com suas capacidades” é o slogan do fracasso: em breve todos “necessitam” de tudo, enquanto ninguém é capaz de mais nada. Assim são os humanos…

Rodrigo Constantino

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