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Dívida da União chega a 83% do PIB: é preciso estancar sangria fiscal
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O professor Ricardo Bergamini comentou a divulgação hoje da dívida da União, lembrando que normalmente se omite o estoque da dívida em poder do Banco Central:

Hoje é dia de divulgação da dívida da União com base em dezembro de 2018 e, como sempre, a imprensa omite o estoque da dívida em poder do Banco Central no montante de R$ 1.794,3 bilhões (26,25% do PIB), sendo essa a parte mais importante da dívida, visto que nada mais é do que uma “pedalada oficial” (aumento disfarçado de base monetária, ou emissão de dinheiro falso) que não existiria se o Banco Central fosse independente. Vejam que essa orgia saiu de 17,86% do PIB em 2010 para 26,25% do PIB em dezembro de 2018. Crescimento real em relação ao PIB de 46,98%. Uma imoralidade sem precedentes. 

Em 2010 o estoque correto da dívida líquida da União (interna mais líquida externa) era de R$ 2.388,0 bilhões (61,46 do PIB). Em dezembro de 2018 era de R$ 5.671,4 bilhões (82,97% do PIB). Crescimento real em relação ao PIB de 35,00%.

Quem não usar os olhos para ver, terá que usá-los para chorar, quando em algum momento a estupidez coletiva que sempre comandou a economia brasileira criar um novo confisco contra os poupadores e investidores, já que no Brasil sempre foram considerados criminosos, traidores e lesas – pátria. Os governantes de plantão brasileiro sempre estiveram na defesa dos devedores, condição da qual sempre viveu o Brasil.

Estancar essa sangria fiscal é a prioridade número um de qualquer governo decente, e é para isso que a equipe de Paulo Guedes tem trabalhado. Para impedir a continuação dessa bola de neve é necessário adotar reformas estruturais, entre elas a previdenciária, a mais importante de todas, já que o rombo das aposentadorias consome boa parte do orçamento federal.

Quem se coloca contra a reforma previdenciária, portanto, está contra o Brasil, conspirando pela manutenção de um esquema insustentável que vai acabar devorando a todos. Esse patamar de endividamento não encontra equivalente entre países emergentes. O Brasil caminha rapidamente para a insolvência. Se nada for feito logo, teremos depressão ou volta da inflação à frente.

O monstro estatal precisa ser contido urgentemente. Sua fome insaciável por recursos vai engolir os trabalhadores brasileiros. É hora de colocar o Leviatã numa dieta radical. Mas sabemos que o glutão não vai aderir a ela voluntariamente, sem muita pressão externa. Teremos que intervir como sociedade para impor uma cirurgia bariátrica no bicho. É isso ou vamos todos explodir juntos!

Rodrigo Constantino

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