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A advogada Janaina Paschoal, que se tornou nacionalmente conhecida por ser uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma que foi aprovado, declarou recentemente seu voto em Jair Bolsonaro. Isso gerou uma reação por parte de muitos de seus admiradores, e houve quem puxasse da cartola o apoio ao impeachment para tentar cobrar a fatura agora. Janaina, nessa entrevista ao Estadão, explica os motivos do voto e, em seu Twitter, alega não dever nada a ninguém. Eis alguns trechos:

“Eu sofri muito para fazer o impeachment da Dilma. As pessoas não têm noção. Foi questão de vida ou morte. E eu não quero perder tudo isso”.

“Não queria apoiar PT, não queria apoiar PSDB, não queria apoiar MDB, não queria apoiar alguém que tivesse uma visão muito à esquerda – isso eu já tinha claro na minha cabeça. Por exclusão, o que sobrou? Sobrou o PSC, que não está em nenhum escândalo, que tem uma linha mais à direita, talvez mais à direita do que eu seja, mas até aí ninguém tem situações 100% nunca”.

“Aí eu falei assim: ‘Mas, Deputado, se eu entrar no partido do senhor, o senhor vai me ouvir?’. Aí ele respondeu assim: ‘Mas a pergunta não é essa. A pergunta é se você vai me ouvir, porque tudo o que você pensa de mim, Janaina, eu penso de você’. E eu gostei dessa conversa”.

“Para fazer tudo o que precisa ser feito, o presidente deve ser alguém que não esteja preocupado com o que achem dele ou dela. E o Bolsonaro já provou que não está nem aí. Ele faz aquilo que acha que tem que fazer. Nós vamos precisar disso”.

“A cabeça de um militar é diferente em termos de colocar os interesses públicos do Brasil na frente dos interesses particulares”.

“Vai ser necessário enfrentarmos, inclusive, o Poder Judiciário”.

“A esquerda adora falar que o Bolsonaro é machista e misógino, mas no dia a dia os esquerdistas são até piores. A esquerda se entusiasma muito com a sexualização das crianças”.

“Qualquer coisa que se diga é vista como homofobia, como transfobia. E isso irrita quem não compartilha dessa histeria. O que está acontecendo é uma imposição para todos de um pensamento único”.

Sobre Geraldo Alckmin e os tucanos, Janaina foi bem direta:

Ele também nunca foi muito firme. Onde é que ele estava enquanto derrubávamos a Dilma? Ele demorou para apoiar e o discurso dele era sempre muito conciliador. Eu criei muita resistência ao PSDB durante o processo do impeachment. Eu acredito verdadeiramente que, se não fosse pelo PSBD, o PT não teria se fortalecido como se fortaleceu. O PSDB sempre foi uma oposição de fachada ao PT. Para mim, o Fernando Henrique Cardoso sempre foi um entusiasta do Lula, tanto é que foi testemunha de defesa dele em todos os processos. Além disso, FHC foi opositor do impeachment até os momentos finais. E os escândalos envolvendo o Aécio Neves são imperdoáveis. Enfim, o PSDB já deu o que tinha que dar.

Já sobre os ataques que vem recebendo por conta de assumir sua intenção de voto, eis o que a advogada disse:

Rodrigo Constantino

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