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ONU, globalismo e a embaixada brasileira em Israel
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Promessa de campanha do presidente eleito, Jair Bolsonaro, a transferência da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém não pode ser realizada devido a uma legislação internacional incorporada pelo Brasil. O dispositivo legal que impede essa mudança é a resolução 478 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, aprovada em 1980. O que pensar disso?

Se o leitor queria uma definição melhor de globalismo, não vai encontrar! A ONU, aliás, é a entidade que melhor representa esse tal de globalismo por excelência. Globalismo, não confundir com globalização, é quando burocratas e políticos, de cima de instituições supranacionais, tentam eliminar a soberania nacional, acabar com a própria ideia de estado-nação.

A ONU, que persegue claramente Israel (basta ver a quantidade desproporcional de moções movidas contra o país), quer se meter numa decisão que caberia apenas aos dois países envolvidos. Ora, se Israel considera sua capital Jerusalém, e se o Brasil – ou os EUA, a Austrália e qualquer outro) – pretende instalar sua embaixada nessa capital, o que costuma ser a regra, ninguém tem nada com isso, muito menos a ONU.

A resolução da ONU declarou nula a lei básica do Estado de Israel, lei que não só define a capital, mas as características essenciais do Estado e os direitos fundamentais do cidadão, ou seja, a ONU se arroga o direito de “anular” a Constituição de facto de um país democrático. Logo essa turma, que adora falar em “autodeterminação dos povos” (quando é para defender tiranias, claro, não democracias sólidas como a israelense, que tem mais de 10% do Knesset, seu Parlamento, em mãos árabes).

Trump teve a coragem de migrar a embaixada para Jerusalém, uma decisão do Congresso americano que nenhum presidente acatava por medo. Os “especialistas” cantaram o fim do mundo, o Apocalipse. Nada demais aconteceu.

Bolsonaro está certo em defender essa mesma pauta. O Brasil é soberano na decisão de onde instalar suas embaixadas. E Israel tem como capital Jerusalém, não Tel Aviv. Os árabes podem chiar, assim como a ONU, irrigada de petrodólares árabes. Mas a soberania nacional deve prevalecer contra o globalismo, apesar de a imprensa chamar isso de “nacionalismo populista”.

Rodrigo Constantino

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