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A turma. Ou: Roberto Campos x Lula
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Por Paulo Bressane, em O Tempo

Roberto Campos foi um dos homens públicos mais lúcidos e raros deste país. Em um de seus brilhantes comentários, ele disse: “Arrependo-me de ter lido tantos economistas. Bastaria Hayek. Hoje estou convicto de que o papel do Estado deve ser ainda menor do que aquele que defendi por toda a vida. No Brasil, a empresa privada é aquela que o governo controla; a pública é aquela que ninguém controla / A doença brasileira não é do setor privado, é do setor público. E essa doença se revela através do déficit fiscal”. São verdades incontestáveis, mas uma frase em especial se revela atualíssima: “A burrice, no Brasil, tem um passado glorioso e um futuro promissor”. Campos foi profético, pois a burrice tem se mostrado de forma generosa entre os esquerdistas lulodilmistas, e isso é preocupante.

O PAÍS tem sobrevivido em meio a um atoleiro de ignorância, onde a prepotência e a burrice de alguns eleitores os impede de entender a permissividade de seus eleitos. Daí, volto a Roberto Campos: “O PT é o partido dos trabalhadores que não trabalham, dos estudantes que não estudam e dos intelectuais que não pensam”. Essa é a turma que ao longo dos últimos 13 anos pegou carona nas costas do maior crescimento mundial dos últimos 30 anos, e achou que estava pronta para implantar seu famélico projeto socialista bolivariano neste solo verde e amarelo. Essa é a turma que tem se mostrado totalmente incapaz de apresentar ideias equilibradas, e minimamente possíveis de serem aplicadas na globalização deste século XXI. Essa é a turma, enfim, que não consegue enxergar nada além de seu putrefato curral revolucionário.

MESMO INCAPAZES de enxergar o fracasso de seu projeto ideológico, os lulodilmistas conseguem ser persuasivos o bastante para enganar os mais despreparados, por sua incapacidade de analisar a realidade dos fatos. Em seu pronunciamento, após a acusação de ser o comandante máximo da roubalheira identificada pela Lava-Jato, Lula mostrou a formação torta de seu caráter, mentiu, iludiu, tergiversou e emocionou os incautos com o chororô de seu vitimismo crônico. Termino com um trecho do desabafo de um funcionário público, cuja classe foi diminuída pelo comandante: “…ser político é muito fácil, dispensa estudo (vide o senhor). Dispensa atestado de bons antecedentes (vide o senhor). Dispensa atestado de conduta ilibada no exercício da função (vide o senhor). Para eleger-se bastam mentiras bem contadas, projetos que iludam o povo, uma barba bem feita e um marqueteiro de primeira (vide o senhor)…”

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