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Bloomberg é massacrado em primeiro debate e caminho fica mais livre para socialista Sanders
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Ser rico é pecado para os democratas de hoje, a menos que você tenha ficado rico pela política, como Bernie Sanders, Bill Clinton e Barack Obama, e faça discursos socialistas sobre distribuição da riqueza - enquanto enche ainda mais o próprio bolso.

É nesse ambiente cada vez mais hostil ao capitalismo que Michael Bloomberg resolveu se aventurar para ser o candidato democrata e disputar com Trump. Sua fortuna - ele é um dos homens mais ricos do mundo - virou um passivo, um demérito.

Não importa que ele tenha criado seu patrimônio no livre mercado, com uma empresa que cresceu por gerar valor aos seus clientes, por meio de trocas voluntárias. Ser bilionário é um erro imperdoável para a esquerda, a menos que seja o especulador George Soros.

Bloomberg é acusado de estar "comprando sua nomeação", por ter gasto centenas de milhões em publicidade. Estranho, pois ele não obriga ninguém a votar nele, e gasta do próprio bolso. Como disse Thomas Sowell, eu nunca entendi porque é ganância querer ficar com o próprio dinheiro, mas não querer avançar sobre o bolso alheio.

Os que acusam Bloomberg de "comprar a nomeação" não se importam em oferecer, de forma totalmente populista e demagógica, "tudo grátis" por meio do estado. É o caso de Sanders. Quem paga a conta? Os "ricos", ora! Escola, saúde, moradia, tudo "gratuito", e não precisa explicar como bancar esse orçamento de dezenas de trilhões.

Nesta quarta tivemos o primeiro debate em que Bloomberg participou, e claro que foi o alvo dos maiores ataques, justamente por sua riqueza. Em outro momento, Elizabeth Warren, a Pocahontas, destruiu o magnata com a cartada sexista. Bloomberg é acusado de machista, de ter feito acordos sigilosos com mulheres no passado, e ele não soube como reagir a essa cobrança:

Warren tem um ponto, claro, mas não deixa de ser curioso saber que os democratas estão destruindo basicamente sua única chance concreta de derrotar o inimigo que odeiam com todas as forças. Pocahontas acabou ajudando a destruir a chance de os democratas terem um candidato moderado e com possibilidade concreta de vencer Trump, deixando o caminho mais livre para o socialista octogenário Bernie Sanders, que vai ser massacrado.

Testar o caráter do candidato é importante, mas poucos passam: Warren, para começo de conversa, seria barrada, por ser uma mentirosa compulsiva, até sobre sua herança genética. Presidente não é referência moral. Trump não é uma pessoa muito decente, mas tem feito uma boa gestão. Se não forem capazes de separar essas coisas, os democratas serão engolidos pelo magnata "laranja".

Bloomberg é paternalista, desarmamentista, mas tem perfil bem mais moderado do que Sanders, um defensor de regimes socialistas que nunca fez uma autocrítica de seu "passado" comunista. Ainda hoje prega bandeiras radicais e infantis, no estilo Ocasio-Cortez, como congelar alugueis em nível nacional, uma estupidez ímpar, ou o Green New Deal para atacar o problema do "aquecimento global", um misto de stalinismo com utopia ginasial.

E é com esse candidato que os democratas, pelo visto, pretendem enfrentar Trump! É música para os republicanos, pois basta o presidente repetir que ao menos não é socialista e que a América jamais será socialista. Mas é péssimo para os Estados Unidos e para o Partido Democrata, pois acaba legitimando uma visão extremista de esquerda, que terá ao menos 40% dos votos.

Os democratas vêm dando tiro no pé atrás de tiro no pé, a começar pela postura irracional em relação a Trump. O ódio patológico os cegou para a realidade. A tentativa de impeachment foi a gota d'água para muitos independentes, que viram o oportunismo escancarado ali. Quando surge um moderado, com fundos ilimitados, capaz de desafiar Trump, eis que todos resolvem detona-lo, e deixam o campo quase livre para o socialista Sanders. É muita insanidade...

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