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Caciques tucanos encalacrados, mas foco da patota continua sendo Bolsonaro
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O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) foi indiciado pela Polícia Federal nesta quinta-feira (16) sob suspeita da prática dos crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, o indiciamento faz parte da segunda fase da chamada "Lava Jato Eleitoral" de São Paulo. Também foi indiciado o ex-tesoureiro do PSDB Marcos Monteiro e o ex-assessor de Alckmin Sebastião Eduardo Alves de Castro.

O indiciamento teve como base a delação de ex-executivos da Odebrecht, além de análises periciais no sistema de informática da empreiteira, de extratos telefônicos, de conversas pelo aplicativo Skype, de documentos, de ligações telefônicas e também por meio de outras delações.

Alckmin, como todo indiciado, nega as acusações, e seus companheiros de partido saíram em sua defesa. O PSDB não expulsou nem Aécio Neves ainda, apesar daqueles áudios comprometedores com Joesley Batista. José Serra também foi alvo de graves denúncias, mas segue como cacique do partido.

Pergunto: os mesmos que já tratam Bolsonaro como corrupto por conta de suspeita de rachadinha vão fazer o mesmo agora? Vocês repararam no ensurdecedor silêncio da patota do selo azul, dos "radicais de centro", acerca do indiciamento de Geraldo Alckmin?

Enquanto os tucanos saíram para expressar confiança no companheiro, os "formadores de opinião" ficaram basicamente calados. Até agora, o ex-ministro Sergio Moro tampouco se pronunciou, logo ele, tão zeloso em demonstrar apreço pelo combate à corrupção. Que coisa, né?

Já seus colegas de revista continuam com o foco 100% voltado para Bolsonaro mesmo, como podemos ver:

Achei que essa coisa de "banditismo protegido" era para falar do tucanato blindado por parte da mídia, mas não... era novo ataque ao bolsonarismo mesmo! São "músicos de uma nota só", dedicados com visível obsessão à tarefa de derrubar o presidente de um governo sem escândalos de corrupção até agora.

"Muitas pessoas na mídia parecem não perceber a diferença entre reportar as notícias e criar propaganda", disse Thomas Sowell. Aplica-se com perfeição ao caso da nossa imprensa. Quando resolvem falar do "perdão ao PT", uma pauta artificialmente criada por colunista e ex-chefe de redação do Globo, eis quem convidam para o "debate", na revista do mesmo grupo:

E por que não chamaram ninguém de direita? Só os "Psol Kids", para simular uma estratégia das tesouras e fingir que há pluralidade, quando há na verdade uma "conversa de comadres", de deputados que gostam de tomar café juntos e participar de grupos de WhatsApp contra o governo?

Guzzo resumiu bem o papelão que Lula vem fazendo desde a soltura da prisão por decisão dos camaradas do STF: "Lula aprende cada vez menos. A demonstração disso é o hábito, que parece estar adquirindo, de interromper sua atividade normal de não fazer nada com tentativas mal acabadas de aparecer no noticiário político. Só dá errado".

Quando olhamos para os infindáveis escândalos de corrupção envolvendo petistas e tucanos, somos forçados a refletir sobre a governabilidade em nosso país. Reclamam da aproximação do governo com o "centrão", mas qual a alternativa? O PSDB? Como aprovar reformas com esse Parlamento eleito, se quase todos os partidos apresentam sérios problemas éticos?

A turma que passa o dia atacando Bolsonaro finge não enxergar essa realidade. Há mensagens que mostram a hipocrisia dos "cruzados da ética", como essa de Elena Landau, que vem demonizando até a atuação dos liberais Paulo Guedes e Salim Mattar:

Esse tweet, com bico tucano, plumagem tucana e colorido tucano, envelheceu muito mal. Mas eis a triste constatação: os tucanos preferem o PT a Bolsonaro! Foi o que confessou esse perfil fake, muito respeitado pelos "radicais de centro":

Muitas máscaras vêm caindo nessa pandemia, expondo o oportunismo de quem se dizia intransigente com a ética ou liberal, e no fundo alimenta só um ódio patológico ao bolsonarismo. O duplo padrão salta aos olhos, como quando esse sujeito, lotado em gabinete de deputado estadual ligado ao MBL, considera seu colega um "preso político", mas nada disse sobre as prisões arbitrárias de uma ativista e um jornalista ligados ao bolsonarismo:

Os tucanos, os "isentões", os "radicais de centro", chame do nome que quiser, mas o leitor já entendeu de quem estou falando, só querem derrubar Bolsonaro para voltar ao poder. Não tem nada a ver com preocupação legítima e genuína com o país, com os mortos por coronavírus, com a ética. É tudo da boca para fora, narrativa cafajeste.

Esses "liberais" abandonaram até suas pautas que tinham um pouco mais de liberalismo mesmo, como a econômica, só para detonar o governo. Falavam no início que Paulo Guedes não duraria no governo, pois seria usado pelos bolsonaristas, e hoje vemos que quem tenta derrubar Guedes são esses "liberais", não o presidente. Enquanto isso, fizeram as pazes com a mídia esquerdista, que dá destaque a bandeiras como esta:

Para quem só tem um martelo, tudo se parece com prego. Esse neomarxista só fala em mais imposto para os "ricos", que na verdade prejudicaria a classe média. O resto é só pretexto para sua ideologia da inveja...

Política é a arte do possível, a escolha do menos pior. Não há santos e não há milagre. É para avançar gradualmente, no que for possível, e evitar desastres. Ao virar oposição estridente, histérica, sensacionalista e obcecada contra Bolsonaro, a turma dos "radicais de centro" e da mídia faz um jogo sujo, que joga contra o país. Críticas são legítimas, mas o que vemos vai bem além disso, e todos sabem.

"Está difícil. Esse ano tem eleição e é bom a gente pensar mil vezes antes de votar. Embora, às vezes, tem partido que não dá opção ao eleitor, nós precisamos escolher os menos ruins", disse Alexandre Garcia. É o jeito.

Quem denuncia qualquer suposta rachadinha do passado como prova inapelável de que não podemos elogiar nada do atual governo, enquanto faz silêncio sobre os vários escândalos graves que pairam sobre cabeças de tucanos, mostra apenas sua hipocrisia no jogo de poder. Acusam quem reconhece méritos no governo de "vendido", "gado" ou "passa-panista", mas são os primeiros a passar pano nas lambanças de seus companheiros bicudos...

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