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Deputado vandaliza “arte” contra polícia e reacende debate sobre racismo
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Quatro deputados federais registraram um boletim de ocorrência contra o parlamentar Coronel Tadeu (PSL-SP), que quebrou uma placa da exposição “Trajetórias Negras Brasileiras”, aberta hoje na Câmara dos Deputados. O evento é uma homeagem ao Dia da Consciência Negra, que é celebrado em 20 de novembro.

Tadeu pisou e quebrou uma das peças que estampava uma charge do artista Latuff com um homem negro assassinado por um policial com uma arma na mão. Logo depois, ele foi alvo de críticas de parlamentares do Psol e do PT que o chamaram de racista.

O episódio gerou grande polêmica nas redes sociais. O deputado Paulo Eduardo Martins, do PSC, não defendeu a atitude do colega, mas preferiu condenar a "obra de arte" em si:

Alexandre Borges lamentou a coisa toda e concluiu que ninguém tem razão:

Guilherme Macalossi acha que o ato do deputado acabou chamando mais atenção para o quadro irrelevante e tosco, algo parecido com o efeito da censura de Crivella ao livro com beijo homossexual na Bienal:

Já David Miranda viu racismo no ato do deputado:

Não se justifica a atitude do deputado, claro, mas o psolista que faz par com Glenn Greenwald disse que foi um ato de racismo destruir o quadro. Pergunto: não seria racismo retratar um policial branco executando um negro?! Quem não encontra o sujeito da frase talvez não ache esse elo também...

Já a ex-ministra de Lula aproveitou para destilar sensacionalismo e fazer média com a população negra, merecendo uma pergunta minha que certamente ficará sem resposta:

E eis o cerne da questão, em minha opinião: a turma da bolha "progressista" pergunta de onde vem tanta intolerância e agressividade. Experimente ser policial, ganhar uma miséria, enfrentar sem o devido preparo marginais altamente armados, e ouvir da esquerda que você é o vilão e que o bandido é uma "vítima da sociedade". Estaria indignado ou não?

A polícia não é racista. Podem existir alguns policiais racistas, como existe racista em toda profissão, mas é absurdo falar em racismo sistêmico na força policial. Os fatos negam isso. O problema é mesmo a maior criminalidade dos negros. Quem usa a estatística de mais presos negros sem levar em conta mais crimes cometidos por negros está apenas agindo de má-fé.

As causas da maior criminalidade entre negros são várias, históricas, sociais e culturais - principalmente culturais. Mais de 70% dos negros nascem fora de uma família estruturada nos Estados Unidos! Vários estudos já comprovaram a probabilidade maior de cair na criminalidade sem a referência paterna em casa. O welfare state cria incentivos inadequados também, priorizando casas populares para mães solteiras. O negro que se destaca, que fala a língua correta, que prefere música clássica ao funk ou rap, está "acting white". E por aí vai.

Enfim, a questão entre polícia e negros não pode ser resumida dessa forma simplista como faz a esquerda. Até porque a imensa maioria dos policiais também é formada por pardos, como toda a população brasileira, onde cerca de 40% se considera mestiço.

Fecho com um desabafo de uma leitora em resposta ao meu post, que captura bem, acredito, essa revolta de quem está do lado certo da coisa e acaba difamado por essa turma com mentalidade "progressista":

Não estamos falando do caso isolado de Ágatha, claro, pois ali parece claramente ter havido no mínimo negligência por parte do PM que atirou. Estamos falando do uso nefasto que a esquerda faz de episódios lamentáveis e tristes como este para impor sua narrativa cafajeste e preconceituosa, mascarada de combate ao suposto racismo policial.

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