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Economia na UTI: Bolsonaro leva mensagem de setor produtivo a STF
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O presidente Jair Bolsonaro deixou o Palácio do Planalto na manhã desta quinta-feira (7), atravessou a Praça dos Três Poderes, em Brasília, e seguiu a pé ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele estava de máscara e acompanhado de empresários e dos ministros da Economia, Paulo Guedes; Walter Braga Netto, da Casa Civil; e Fernando Azevedo e Silva, da Defesa.

O encontro com o ministro Dias Toffoli foi marcado de última hora e não estava previsto na agenda deles. A principal mensagem levada pelo presidente e ministros foi a de que o setor produtivo está na UTI, operando com muita capacidade ociosa e sem condições de suportar por muito mais tempo a paralisação.

Trata-se de importante gesto do presidente nessa reunião com o STF, levando o ministro Paulo Guedes e líderes empresariais para mandar mensagem inequívoca e clara: o setor produtivo, que gera riqueza e empregos, está em vias de colapsar. O Executivo fez sua parte. Infelizmente, quem manda é o STF. Eis a entrevista na saída:

Paulo Guedes pediu ao presidente que vete a possibilidade de aumento de servidores públicos, e o presidente aquiesceu, afirmando que segue recomendação de veto pois está com Paulo Guedes e sua agenda, por convicção. É mensagem importante que acalma os mercados, até porque na véspera foi o próprio líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo, quem alegou ter recomendação do presidente para aliviar o congelamento salarial para certas categorias.

Bolsonaro tenta agradar bases eleitorais sindicalistas e o centrão, mas precisa ser prudente e escutar seu ministro da Economia. Vetando essa parte do projeto, corre o risco de ter o veto derrubado, e será crucial costurar acordo com o Congresso. Não há qualquer condição para aumento de salário no serviço público nesse cenário de catástrofe da economia.

Com a saída de Sergio Moro, Bolsonaro já teve grande desgaste com o eleitorado lavajatista. Se perder Guedes será mortal, com o afastamento de todos os liberais que restaram e do empresariado pragmático que ainda aposta na agenda reformista, mesmo sabendo de sua inevitável desidratação pelo centrão. Uma coisa é desidrata-la; outra, bem diferente, é enterra-la de vez!

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