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Educação, a raiz do problema
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Por Alex Pipkin, publicado pelo Instituto Liberal

A educação, que contempla os valores virtuosos e o conhecimento das disciplinas científicas “duras” de matemática, ciências e português, é a base de tudo. Nunca esqueçamos que as ideias de hoje serão as políticas do amanhã. Educação é distinta de ensino – e, nesta República das Bananas, inexistem ambas – com raras exceções.

Em todos os níveis educacionais, há uma brutal transferência da educação dos pais e da família estendida para a escola. No caso das elites, a troca se dá para as babás e para a escola particular e, na situação dos pobres, para as escolas públicas. E o ensino, então? Se professores não possuem uma formação de qualidade, como irão ensinar alguma coisa?! Escolas e universidades viraram centros marxistas criadores de militantes, em vez de espaços de formação de profissionais competentes.

Nosso futuro prossegue sendo nebuloso, pois persistem o pouco envolvimento dos pais com o que se ensina aos filhos e a manutenção de elites educacionais “progressistas”, que se opõem a uma mudança do foco do pensamento crítico contra a “opressão” para o centro na formação total e básica relacionada aos conhecimentos basilares.

Os valores civilizacionais judaico-cristãos estão esvaecendo, o desdém pelo passado e o “alto padrão do ato de chocar” são as tendências “cool”, tudo em nome de um hedonismo extremo e de uma ilusória gratificação imediata em detrimento de um futuro próximo mais saudável e próspero. A “taça” social não rachou, objetivamente despedaçou-se em pedaços identitários intolerantes, que negam e querem apagar o passado e suas conquistas evolucionárias – ainda que tenham existido graves mazelas.

Quando somente se enfatizam as diferenças, as semelhanças são esquecidas em favor do enfrentamento! Parece haver uma espécie de consenso – burro, culposo e vitimista – de que essa geração pós-moderna é a fonte de mais sabedoria – mesmo sem conhecimento e cultura – e de que todos os grandes, cultos e visionários homens e mulheres do passado não passam de bastardos exploradores e vampiros do sangue dos comuns.

A sabedoria acumulada da humanidade, aquela que resistiu ao teste dos tempos, foi jogada na latrina, e as ideias genuinamente progressistas, contemplando distintos pontos de vista, edificadas por diferentes heranças étnicas – mas semelhantes -, teve o mesmo trágico destino. Onde está a raiz deste problema, que nos conduzirá ao continuado atraso e retrocesso?

As razões são amplas e variadas, porém, não me resta um fiapo de dúvida em afirmar que grande parte do imbróglio reside na péssima qualidade de nossas instituições – extrativistas. Dentre estas, as universidades são grandes cúmplices, junto com um sistema falido de educação básica. Professores justiceiros sociais, marxistas, tornaram-se coaches de estudantes, treinando-os para permanecerem fechados nas suas mentes identitárias, refratárias ao mundo exterior e as suas possibilidades pragmáticas.

A única identidade que vale é a do indivíduo e da sua tribo; aquela nacional que foi criada a partir de nosso passado, na cabeça hiper-individualista desses meninos e meninas, é arbitrária e repressora. Para esses cultos desaculturados, todos que não compartilham de suas meras crenças intolerantes são legítimos pecadores.

Bem, aparenta inexistir cola potente o suficiente para fixar os fragmentos, de várias e distintas formas sociais, espalhados pelo terreno arenoso. A universidade pós-moderna é a base do problema, já que impulsiona sobremaneira um hedonismo associado aos comportamentos super individualizados e voltados para a realização de prazeres imediatos e passageiros, relegando o imperativo do passado e sua inquestionável sabedoria.

O atual “valoroso” é o culto aos instintos e aos impulsos egoístas, distantes dos valores virtuosos e da ética. Numa casa verde-amarela construída sem sólidas fundações – a do conhecimento pragmático, na genuína alfabetização em matemática, ciências, português e línguas -, o risco desta frágil habitação – dos prazeres individualistas, imediatos, e de falácias coletivistas – continuar fazendo o tecido social se desgastar e ruir não é nada menos do que gigantesco.

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