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Gravidez precoce reduz salário em até 30%, revela estudo
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Uma economista da Universidade de São Paulo (USP) de Piracicaba (SP) estudou sobre a influência da gravidez na adolescência no mercado de trabalho das mulheres. Segundo a pesquisa, as mães que engravidaram até os 20 anos ganham em média 30% a menos que as outras mulheres. Além disso, escolaridade delas tende a ser, em média, 1,5 ano menor do que a das mulheres que não tiveram filhos nessa faixa etária.

A doutora em economia e docente sênior do Departamento de Economia, Administração e Sociologia (LES) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Ana Lúcia Kassouf, explica que o estudo faz parte de um projeto que analisa o impacto da gravidez precoce na educação, alfabetização e no mercado de trabalho.

"A gente observou que aumentava a probabilidade [da mãe adolescente] de trabalhar, porque precisava de renda para cuidar do filho. Mas ao mesmo tempo essas mulheres entravam no mercado de trabalho informal, que exige menos qualificação e é mais flexível, mas que também paga menos salário".

Quanto menor a escolaridade, maior costuma ser a incidência de gravidez precoce:

A pesquisadora considera que um dos principais fatores que gira em torno da gravidez na adolescência é o social:

"Para muitas meninas, ir ao médico e tomar um anticoncepcional significa que você está tendo uma vida sexual. Muitas não querem mostrar isso para a família porque pode ser um problema. É um tabu, mas precisa ser quebrado. As famílias precisam de orientação."

"São pessoas com baixa renda, baixa escolaridade e que moram em áreas pobres, em sua maioria", concluiu. As diferenças também se mostram regionais, já que as ocorrências de gravidez na adolescência tendem a ser mais comuns no Norte e Nordeste do país.

Diante desse quadro lamentável, há uma forte divisão de como lidar com o problema, dependendo do espectro ideológico. A esquerda costuma propagar uma sexualização precoce, e considera tudo uma questão de dinheiro. Acaba apresentando como solução, portanto, políticas estatais de auxílio a essas mães jovens e solteiras, o que acaba estimulando a gravidez precoce, já que tudo aquilo que é subsidiado tende a crescer.

E também costuma pregar o aborto como prática "anticoncepcional", basicamente uma eugenia contra negros e pobres, como de fato idealizava a fundadora da Planned Parenthood, a maior fábrica de abortos do mundo.

Já os conservadores acreditam que é o resgate de valores morais que pode mitigar o problema. Vários estudos consensuais mostram que seguir uma simples equação faz toda diferença na renda depois: formar-se antes de casar; casar antes de ter filhos; e ter filhos somente após formado e casado. É uma fórmula básica, mas que funciona.

Em vez de "quebrar tabus", portanto, a direita prefere impor tabus morais, justamente para incutir freios aos apetites sexuais. Sacrifício imediato para colher frutos no futuro: isso costumava ser uma virtude "burguesa", que vem se perdendo na era do hedonismo. Quando o estado banca o papai que vai cuidar de todos do berço ao túmulo, os incentivos se tornam ainda mais perversos.

Para aqueles mais conservadores, isso é uma consequência, então, dos "valores" disseminados pela elite "progressista", cujo custo recai sobre os mais pobres. Theodore Dalrymple, médico britânico que trabalhou por anos nas periferias londrinas e em prisões, aponta para essa ligação entre as ideias "descoladas" dessa elite e os efeitos nefastos para os mais pobres. Mãe jovem e solteira quando se trata de uma moça abastada é uma coisa; quando é na favela é outra, bem diferente, que aumenta exponencialmente os riscos de perpetuar a miséria, fora casos de estupro.

Muitos "progressistas" são bem-intencionados, olham o sofrimento e desejam genuinamente proteger essas pessoas. Mas não é derrubando tabus, dando aulas sobre sexo na escola, enfraquecendo a igreja, pregando o aborto banalizado ou o estado de bem-estar social que esse problema será reduzido. Ao contrário! Ele vem aumentando justamente como consequência dessa mentalidade hedonista e estatizante.

É hora de resgatar valores morais, fortalecer as famílias e as igrejas, incutir freios nos jovens e lembrar da importância do sacrifício hoje, para colher um futuro melhor amanhã.

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