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Jornalistas passam pano para fala abjeta de Gilmar Mendes
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O ministro Gilmar Mendes chamou o governo Bolsonaro e o Exército de "genocidas", o que é gravíssimo. Ele ultrapassou todos os limites aceitáveis, como já constatei nesta segunda. Gostaria de dizer que fiquei surpreso com a reação da imprensa, mas seria mentira. Vários jornalistas deram um jeito de "passar pano" na fala abjeta do ministro do Supremo.

Só no jornal O Globo temos duas colunas claramente tentando justificar a fala de Gilmar. O mais "tucano" Merval Pereira tentou "consertar" o dito mudando o alvo, inocentando as Forças Armadas e alegando que somente o presidente deveria ser atingido:

Já o mais psolista Bernardo Mello Franco endissou a fala de Gilmar mesmo: "Os militares toparam assumir o Ministério da Saúde de um governo que nega a ciência e sabota o combate à pandemia. Agora se irritam com quem aponta as consequências da decisão".

No Estadão, Eliane Cantanhede "condenou" o uso da palavra "genocídio", mas... disse que a crítica em si é legítima:

A banalização desses ataques absurdos de ministros do Supremo ao presidente da República é um enorme perigo para nossas instituições. Enquanto toda crítica feita aos ministros do STF é tratada como "ataque à democracia", nossos jornalistas dos principais jornais do país tratam com naturalidade um ministro que chama o presidente de genocida. Flávio Gordon foi ao ponto:

São tempos perigosos que estamos vivendo, e o perigo não vem de qualquer retórica autoritária de Bolsonaro, mas sim da postura dos ministros do STF. A reação de parte da imprensa joga mais lenha na fogueira, pois deixa o ódio a Bolsonaro falar mais alto do que o apreço pelas instituições.

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