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O lucro não é imoral
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Por Caio Ferolla Silva, publicado pelo Instituto Liberal

Vivemos em uma sociedade em que boa parte considera o lucro ou o acúmulo de riquezas como algo feio, condenável, até imoral. No dicionário, temos a definição de lucro como todo ganho auferido durante uma operação comercial ou no exercício de uma atividade econômica. Para se obter esse lucro, é preciso realizar uma troca, na qual alguém será recompensado pelo esforço ou risco empreendido para que isso possa acontecer, seja na produção, transporte ou até na negociação. Ele representa aquilo que um indivíduo ganhou em decorrência principalmente de seu trabalho intelectual, de seu planejamento e de suas decisões. Olhando por esse aspecto, onde está a imoralidade em se obter lucro?

Friedriech Hayek disse certa vez que “A geração de hoje cresceu num mundo em que, na escola e na imprensa, o espírito da livre iniciativa é apresentado como indigno e o lucro como imoral, onde se considera uma exploração dar emprego a cem pessoas, ao passo que chefiar o mesmo número de funcionários públicos é uma ocupação honrosa.” É o empreendedorismo, com o incentivo de acumulo de riquezas e lucratividade, que expande negócios e emprega as pessoas, gerando renda para a sociedade. Além disso, é apenas por meio do lucro que se pode pagar os impostos necessários para os cargos públicos serem mantidos.

A melhor forma de obtenção de lucro é atendendo às necessidades e satisfação do maior número possível de indivíduos. É dessa forma que toda a sociedade se beneficia: com inovações que possibilitam melhorias em sua qualidade de vida. Uma vacina descoberta que preserva milhões de vidas gera um imenso lucro a uma empresa. Esse é um excelente incentivo para que essas descobertas surjam. A corrida por tecnologia de fontes de energia renováveis certamente acarretará, a seus vencedores, bilhões durante muitas gerações de suas famílias. O mundo irá se beneficiar muito com isso.

O lucro é uma verdadeira dádiva para a humanidade. É graças a ele que as pessoas são mais produtivas, se esforçam mais, buscam ter maior criatividade e atender bem seus clientes, pois sempre precisam estar preocupadas com seu bem-estar. Quanto maior for a percepção de ganho e satisfação nos clientes, maior a chance de obtenção de lucros de uma empresa.

Considerar o lucro como algo imoral é certamente irracional. Sociedades que adotaram o regime comunista ou parte de suas ideias, onde o lucro é algo proibido e condenado, sempre viveram em atraso. Podemos analisar, como exemplo, países como Cuba, Venezuela e Coreia do Norte, onde sua população não tem nem direito e liberdade a escolher o que comer, muitas vezes porque no país não há o suficiente para todos.

É o lucro que sempre irá levar o mundo adiante. Em 1820, a pobreza extrema atingia praticamente 95% da humanidade. Após o mundo adotar o sistema capitalista, que premia com lucro os indivíduos, a partir dos anos 2000 esse percentual já era menor que 15%. Não restam dúvidas de que esse sistema e esse prêmio gerado são benéficos para todos.

Devemos fazer um papel de conscientização da sociedade em prol do lucro e dos ganhos de forma que, cada vez mais, os políticos não consigam atrapalhar o empreendedorismo por aqui. Certamente com isso todos irão se beneficiar, com mais empregos, mais renda e, principalmente, maior qualidade de vida.

*Caio Ferolla Silva é diretor do Instituto Líderes do Amanhã. 

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