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Pátria da Liberdade
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Neste sábado, os americanos celebraram mais um aniversário de sua independência. O grande divisor de águas entre a era da servidão e da liberdade foi a Revolução Americana. Ali seria selado o direito do povo a um governo que respeitasse as liberdades individuais como nunca antes fora visto.

A famosa passagem da Declaração de Independência, de 1776, deixa isso claro: “Consideramos estas verdades evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade”.

A independência americana foi conquista de um povo que não aceitava a subordinação facilmente. A Grã-Bretanha, bastante endividada, tentou impor mais tributos aos colonos. Várias tentativas e abusos acabaram culminando na famosa “Festa do Chá”, em Boston. Era a gota d’água para os americanos.

O panfleto político escrito por Thomas Paine, em janeiro de 1776, jogou lenha na fogueira revolucionária. Paine deixou claro que o papel do governo era garantir a segurança, e destacou que ele, mesmo no seu melhor estado, “não é mais que um mal necessário”.

É verdade que nem todos estavam incluídos nesses direitos individuais que os “pais fundadores” defenderam. Muitos deles eram proprietários de escravos. Era este o contexto da época, ignorado pelos revisionistas de hoje que desejam apagar o passado derrubando estátuas, em vez de aprender com ele.

Mas parece inegável que na própria Declaração de Independência estavam plantadas as sementes que levariam à abolição dos escravos. Os principais abolicionistas baseavam sua causa em princípios morais, retomando a ideia da lei natural advogada por Thomas Jefferson na Declaração.

A Revolução Americana representou um marco na história. Combateu o excesso de tributação, assim como a ausência de representação política. Entendeu que o governo serve para proteger as liberdades individuais, e que cada um deve ter sua propriedade preservada, assim como deve ser livre para buscar a felicidade à sua maneira. Buscou limitar ao máximo o poder estatal, protegendo os indivíduos da ameaça do próprio governo. Compreendeu que a descentralização do poder por meio do federalismo é fundamental. Em suma, criou a primeira República com bases realmente liberais.

Infelizmente, os próprios americanos parecem ter esquecido das principais lições de seus fundadores. Os democratas se mostram cada vez mais radicais, e os professores ensinam os jovens a cuspir no legado de seus antepassados. Nenhum país é perfeito, mas a América merece reconhecimento por sua excepcionalidade. Só mesmo a inveja impede a constatação de que os EUA, mesmo com seus defeitos, representa a Pátria da Liberdade!

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