Cerimônia de chegada do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, por ocasião de sua visita oficial ao presidente Lula (PT), em maio de 2023| Foto: Ricardo Stuckert/PR
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Brasil e Venezuela trocam farpas. A velha imprensa finge que acredita. O ditador venezuelano, chamado de presidente pelo jornal O Globo, classificou sua opositora como "terrorista", o que faz todo tirano. No G1, da Globo, temos o cenário de uma potencial briga diplomática entre os dois países:

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A tentativa frustrada da professora Corina Yoris de se candidatar à Presidência da Venezuela como principal adversária de Nicolás Maduro produziu a primeira manifestação crítica do Ministério brasileiro das Relações Exteriores sobre o processo eleitoral no país vizinho. E, em consequência disso, uma resposta do governo de Maduro que externa irritação com a postura do Itamaraty.

Ao "criticar" agora a falta de eleições limpas na Venezuela Lula ensaia adesão ao papel que lhe foi incumbido pela turma da Globo e companhia.

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Acredita na briga quem quer, claro. Tem gente que acredita em duendes, e tem gente que acredita até mesmo no Lula. Mas é preciso ser muito ingênuo para cair nesse teatro chinfrim. Tanto que na mesma nota do Itamaraty, o Brasil se coloca imediatamente contrário a qualquer sanção imposta ao regime companheiro.

No fundo, fica a sensação de que o Brasil deu até uma dica camarada ao amigo: se ao menos houvesse uma "decisão legal" impedindo a oposição de disputar a eleição... Ou seja, Maduro precisa cuidar mais das aparências, estabelecer um TSE como o nosso!

Mas Lula segue o mesmo: um bajulador de ditaduras comunistas que olha com certa inveja para o poder de seus companheiros.

Afirmo que é teatro por motivos óbvios. A Venezuela não virou uma ditadura que persegue opositores agora, da noite para o dia. Ela sempre foi isso, há anos. E Lula sempre apoiou seus companheiros, primeiro Hugo Chávez, depois seu sucessor Nicolás Maduro. Lula e o PT apoiam a Venezuela não apesar da ditadura comunista, mas sim por causa dela. Como sempre apoiaram Cuba, ora bolas!

Crer, portanto, nessa troca de farpas diplomáticas é passar atestado de estupidez. Lula precisa recuperar um pouco a imagem de "democrata" perante o mundo, resgatar aquela narrativa falsa criada pela imprensa de que é uma espécie de Mandela pacificador. Ao ficar do lado do Hamas contra Israel no conflito em Gaza, Lula virou um pária mundial de vez.

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    As declarações de amor ao companheiro Maduro em nada ajudam no esforço incrível da velha imprensa de pintar o petista como democrata que veio "salvar a democracia" do Brasil, ameaçada por fascistas e golpistas imaginários. Ao "criticar" agora a falta de eleições limpas na Venezuela – o que ocorre há duas décadas – Lula ensaia adesão ao papel que lhe foi incumbido pela turma da Globo e companhia.

    Mas Lula segue o mesmo: um bajulador de ditaduras comunistas que olha com certa inveja para o poder de seus companheiros. No Brasil, seu PT segue também com seu projeto totalitário de poder, que mira nos adversários e, com a ajuda suprema, cria crimes fantasiosos para justificar sua perseguição implacável.

    A única diferença é que a Venezuela está em estágio mais avançado de comunismo e não precisa mais simular que é uma democracia. Mas o Brasil lulista chega lá, no que depender da mídia, da Polícia Federal, do TSE e do STF...

    Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]