• Carregando...
Presidente da Enel São Paulo, Max Lins, respondeu as perguntas dos deputados na CPI da Enel por mais de 5 horas.
Presidente da Enel São Paulo Max Lins, respondeu as perguntas dos deputados sobre o apagão no estado| Foto: Letícia Teixeira/Gabinete do deputado estadual Thiago Auricchio

O presidente da Enel, Max Xavier Lins, foi ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), nesta terça-feira, sobre o apagão no fornecimento de energia elétrica no estado de São Paulo, no último dia 3 .

A sessão também foi marcada por duas quedas de energia, uma pouco antes do início dos trabalhos na Casa e outra interrupção, logo depois da abertura da CPI na Assembleia. A Enel justificou que a oscilação de energia na Alesp "não tem relação com a rede de distribuição da companhia."

Max Lins falou por cerca de sete hora sobre as causas do apagãõ no fornecimento de energia pela concessionária italiana, que deixou mais de 2,1 milhões de imóveis sem luz na Região Metropolitana de Sâo Paulo. A companhia atende 24 municípios no estado, o que segundo Max, representa mais de 8 milhões de consumidores.

A reunião foi marcada por inúmeras reclamações e queixas feitas por prefeitos da Região Metropolitana que foram convidados e pelos deputados estaduas, membros da comissão, tanto da oposição como da aliada do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Um dos mais exaltados durante a sessão, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), afirmou que “o serviço prestado pela Enel é um lixo”. Outros prefeitos fizeram uma lista de reclamações sobre a companhia, documento encaminhado ao presdiente da Enel.

Na noite de terça-feira, uma liminar no Tribunal de Justiça de São Paulo garantiu que Lins fosse ouvido na condição de testemunha pela CPI e não como investigado. Com isso, ele poderia ficar em silêncio durante as perguntas, mas respondeu todos os questionamentos.

O presidente da Enel São Paulo citou que desde 2018 a empresa investiu mais de R$ 6,7 bilhões no estado, o que representa um valor anual de R$ 1,4 bilhão. Lins utilizou esses números para comparar os investimentos com o lucro obtido pela companhia que, segundo ele, faturou cerca R$ 4 bilhões nos últimos anos.

Sobre a possibilidade de enterramentos de fios, ele respondeu que um quilômetro de rede subterrânea custa de oito a dez vezes o preço da rede aérea, projeto de aproximadamente R$ 320 bilhões. "As redes elétricas continuarão sendo majoritariamente áreas em São Paulo e no Brasil”, reitera.

O presidente da Enel foi questionado sobre o ressarcimento em relação aos comerciantes que perderam mercadorias e também dos consumidores que ficaram por quase uma semana sem energia. "Pretendemos. muito em breve. ter um posicionamento visando atender sobretudo a população de menor renda. O que será exatamente ainda não sabemos, mas estamos sensíveis”, declarou.

Segundo ele, existem cerca de 3 milhões de árvores na área atendida pela companhia, sendo 650 mil somente na capital paulista. O presidente da Enel também esclareceu quais são os critérios de atendimento da companhia em casos de apagões.

“Nosso centro de operações tem critérios para recomposição da rede, instalações consideradas essenciais, como: hospitais, unidades de saúde, estações de bombeamento de água, escolas com algum tipo de atividade como foi o caso do Enem e rompimentos de cabos que colocam em risco a vida humana”, afirmou Lins.

O presidente da Enel Brasil, Nicola Cotugno, também foi convocado pela CPI, ele será ouvido nesta quinta-feira (16).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]