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Tipos

Apesar de existirem diversos hormônios sexuais femininos, dois deles se destacam pela sua forte influência. Conheça as características:

Estrogênio

É o hormônio que começa a ser produzido durante a puberdade e segue até a menopausa (quando deixa de ser liberado pelo corpo). É o responsável pelo aparecimento dos primeiros sinais sexuais femininos, como o desenvolvimento do corpo. Entre as suas funções estão a libido e o início do ciclo menstrual (logo após a finalização de uma menstruação). Mas sua atuação vai além do campo sexual. O estrogênio controla a textura da pele, faz o equilíbrio entre colesterol e gordura no sangue e, mais recentemente descoberto, melhora a audição.

Progesterona

É ligado à reprodução. Controla a menstruação, a fecundação, condução do óvulo fertilizado, gravidez e produção do leite materno. A progesterona também prepara o útero para receber o óvulo. Começa a ser produzido na segunda parte do ciclo menstrual (a partir do 14º dia após a menstruação), substituindo o estrogênio.

  • Para a publicitária Andreza Soniegg, 27 anos, os dias que antecediam a sua menstruação eram um enorme peso.
  • Para a filha do marceneiro Carlos Roberto Aguiar, os primeiros sinais de uma possível puberdade chegaram bem mais cedo do que o normal. Aos 7 anos, Thaís apresenta crescimento de mama e dos pelos e uma alteração de humor típica das mudanças hormonais no organismo. Todos estes sintomas fizeram o pai procurar o consultório da endocrinologista Sheyla Alonso.
  • A reposição de estrogênio, o mais importante hormônio feminino, faz parte da rotina, há 20 anos, da servidora pública aposentada Marli Michels. Após uma cirurgia de retirada de útero, necessária pelo sangramento excessivo durante a menstruação, ela teve seus níveis hormonais reduzidos por completo. O resultado foi uma série de sintomas que diminuíram sua qualidade de vida.
  • Em 2007, durante um exame médico, o auxiliar administrativo Francisco Martins, 52 anos , descobriu que tinha acromegalia, uma doença que afeta a hipófise – glândula localizada no cérebro que produz um hormônio que estimula a tireoide a trabalhar e afeta todo o metabolismo. O resultado foi uma liberação anormal de T3 e T4.
  • Entenda o que acontece com a produção hormonal com alteração da tireoide

Se o corpo humano fosse comparado a um teatro de maionetes, os hormônios provavelmente seriam as cordinhas que movimentam os bonecos, tamanha a sua influência e importância. E não é exagero. Para citar alguns exemplos, eles estão ligados de alguma forma a diversas condições, sejam físicas (como crescimento e força) ou psicológicas (a sensação de bem-estar ou depressão). Porém, com a importância vem o alerta: especialistas afirmam que os problemas hormonais se tornam cada dia menos raros.

Médico endocrinologista, Gilberto Leão – da clínica de endocrinologia que leva seu nome – garante que os números de distúrbios hormonais têm aumentado. A estimativa dele é de um crescimento de 20% nos últimos cinco anos. "Claro que muito deste aumento se deve à melhor divulgação dos problemas. Antes, ninguém sabia que uma indisposição poderia ser um problema hormonal". Mas o principal motivo do crescimento desses números são os hábitos modernos, diz ele. "Estresse, tabagismo e má-alimentação afetam os níveis de hormônios no sangue", diz.

Mulheres

Apesar de as condições serem as mesmas para homens e mulheres, é com elas que os sintomas e complicações são mais sérios, garante o ginecologista do Hospital Nossa Senhora das Graças Roaldo Meissner. "Elas são as principais vítimas. Nos homens as manifestações são mais raras", afirma. Nelas, os problemas decorrentes da falta ou excesso de hormônios podem se apresentar de diferentes formas. Enquan­­to no homem é mais incidente a partir dos 40 anos, nas mulheres acontece em qualquer fase da vida fértil e até mesmo ao fim dela.

Mas, apesar de os hábitos desregrados favorecerem o aumento no número de casos, os problemas hormonais mais registrados são semelhantes aos do passado. Um dos principais é a menopausa. "Esse é o período que marca o fim da vida fértil e, consequentemente, da produção dos principais hormônios femininos: estrogênio e progesterona. Em geral, essa interrupção pode trazer uma série de sintomas às mulheres, como indisposição e diminuição da libido", afirma Meissner.

Quase na mesma proporção, os tratamentos também se desenvolveram. Atualmente os incômodos da menopausa não são mais sinônimo de necessidade de reposição hormonal – terapia mais invasiva que consiste na injeção de estrogênio. "A Medicina caminha até em um sentido contrário, dos remédios naturais. Os fitoterápicos (produzidos a partir de plantas) têm se desenvolvido muito e são uma esperança. Em alguns casos, têm eficiência próxima a da aplicação de hormônios."

TPM

Dividindo o topo de ocorrências com os sintomas da menopausa, um incômodo que atinge muitas mulheres todo mês também tem sua parcela de influência dos hormônios. A Tensão Pré-Menstrual (TPM) acontece quando os níveis de estrogênio no organismo feminino caem e os de progesterona aumentam. Tudo isso acompanhado, em muitos casos, por dores, ansiedade, cólicas e irritabilidade. Tudo relacionado à troca hormonal.

Coordenadora do Centro de Apoio à Mulher com Tensão Pré-Menstrual do Hospital das Clínicas de São Paulo, a ginecologista Mara Diegoli afirma que a TPM ainda é uma das facetas mais claras da influência dos hormônios nas mulheres. "Essa condição mostra o quanto elas estão suscetíveis a essa variação. São regidas por essas substâncias", diz. Para o seu tratamento, a medicina oferece ainda mais possibilidades. "Desde analgésicos a injeções hormonais. Quem sofre de TPM e procura ajuda médica tem grande chance de me­­lhorar a qualidade de vida", afirma Mara.

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