Direita vê na eleição de Trump impulso para derrotar Lula. O programa Sem Rodeios desta terça-feira (5) analisa as eleições presidenciais dos Estados Unidos e como a vitória de Donald Trump pode impactar positivamente a direita política no Brasil para 2026.
Falaremos também sobre a Ordem dos Advogados de São Paulo (OAB-SP) que julgará na sexta-feira (8) um recurso contra o jurista Ives Gandra da Silva Martins. Trata-se de uma representação disciplinar em que Gandra é acusado de ter incitado ações das Forças Armadas para um suposto “golpe de Estado”.
Vamos comentar ainda sobre o Ministério da Cultura de Lula, que criou os chamados escritórios estaduais da pasta. Um levantamento do Estadão mostra que os cargos criados para manter a estrutura vem sendo entregues para pessoas filiadas a partidos políticos, especialmente militantes do PT.
É a partir das 14 horas, ao vivo.
Direita vê na eleição de Trump impulso para derrotar Lula
A possibilidade de Donald Trump sair vitorioso na acirrada disputa pela Casa Branca contra a atual vice-presidente, Kamala Harris, entusiasma a direita brasileira, a começar por Jair Bolsonaro (PL) e os seus aliados mais próximos. O ex-presidente do Brasil classificou uma eventual eleição do republicano nesta terça-feira (5) como crucial para a corrida presidencial ao Palácio do Planalto em 2026.
"A volta de Trump é a certeza de um mundo melhor", disse Bolsonaro em um vídeo de apoio à eleição de Trump divulgado no domingo (3).
A torcida pelo americano parte da afinidade pessoal entre ele e Bolsonaro, mas vai além, com a convergência de pautas conservadoras e repulsa comum ao chamado globalismo. A esperança da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com uma volta da direita ao poder nos Estados Unidos se alimenta ainda da expectativa de valioso apoio externo para as suas causas, especialmente o combate ao ativismo judicial.
OAB-SP julga recurso contra Ives Gandra por suposta incitação a golpe de Estado
A representação contra Gandra é baseada em um documento encontrado no celular do tenente-coronel Mauro Cid Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O documento é, na verdade, uma troca de e-mails, ocorrida em 2017, em que o advogado é procurado por um major do Exército para responder questões sobre a “elucidação jurídica do que caracteriza a garantia dos poderes constitucionais”.
Em documento enviado à Gazeta do Povo, o jurista diz que nunca defendeu qualquer tipo de golpe de Estado. “Nunca fui favorável a qualquer golpe de Estado e sempre declarei que não haveria qualquer risco de que ocorresse”, disse Gandra.
Ministério da Cultura de Lula tem "filiais" para dividir cargos
Os escritórios, criados por meio de decreto em janeiro de 2023, têm por atribuição influenciar a escolha das Organizações Não Governamentais (ONGs) que formam os comitês de cultura dos Estados. Esses comitês fazem parte de uma política nacional que, em dois anos, vai repassar R$ 58,8 milhões para difusão cultural.
Dos 26 escritórios estaduais, 19 são coordenados por membros do PT, um por filiado ao PSB e outro por integrante do PSOL, de acordo com o levantamento do Estadão. Os outros cinco não têm filiação formal, mas são ligados a políticos. Além dos respectivos coordenadores, os escritórios somam mais 60 comissionados, segundo dados disponíveis no site do ministério.
Em nota à Gazeta do Povo, o Ministério da Cultura afirmou que não há nenhuma irregularidade nas indicações feitas para a coordenação dos escritórios regionais. “Os cargos são de livre nomeação e de livre exoneração”, pontuou a assessoria do Ministério. A pasta destacou ainda que “seleciona seus servidores por meio da análise da experiência dos profissionais no setor cultural e das políticas públicas”.
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