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A máxima de que “uma imagem vale mais do que mil palavras” foi incorporada à rotina pedagógica de 57 alunos do 5º ano da Escola Municipal Professor Floresvaldo Meres de Creddo, de São José dos Pinhais. Idealizado e conduzido pela professora Íris Specht, o trabalho incentiva o contato dos estudantes com charges apresentadas nas edições da Gazeta do Povo.

Desde o início do ano, as turmas da manhã e tarde analisam, compreendem e discutem temas atuais e socialmente relevantes por meio das figuras, sempre de caráter crítico e reflexivo. “A leitura de imagens é uma das maiores formas de comunicação social na atualidade e enxergamos a charge como o elemento disparador para estimular uma pesquisa mais aprofundada sobre qualquer assunto. A partir delas, incentivamos que as crianças procurem mais informações e conhecimentos. Nesta hora, buscamos as notícias, que esclarecem as dúvidas e provocam novas reflexões”, explica Íris.

Reconhecimento

Para estimular a escrita e valorizar as produções dos estudantes, foi criado na escola o chamado varal da leitura, onde as produções de todos são expostas. A partir da análise sobre uma charge, as crianças escreveram um texto sobre as interpretações que fizeram.

“Atrás da folha, havia campos para os colegas avaliarem critérios que, juntos, consideramos importantes. Os autores das três produções que conquistaram maior pontuação foram premiados com livros, materiais escolares, certificados assinados também pela diretora e ainda viram os trabalhos expostos no mural da escola”, conta a educadora, que percebeu uma melhora de desempenho geral das turmas, especialmente na disciplina de Língua Portuguesa.

“Deixe tudo limpinho”

Foi também a partir de uma charge e de uma reportagem sobre a dengue que a professora decidiu expandir os trabalhos para a comunidade. Propôs aos alunos a criação do que chamaram de “corrente da vida” e o desenvolvimento de imãs e folders com mensagens de alerta para serem distribuídos à comunidade.

Os alunos pensaram em frases e desenhos, que foram agrupados e deram forma ao conteúdo final. “Passe este panfleto a um vizinho, mas antes deixe tudo limpinho” era um dos estímulos feitos pelo material.

“Após conversarem sobre o tema com os pais e verificarem possíveis focos do mosquito, as crianças compartilharam o panfleto com a vizinhança”, conta Íris. De acordo com a educadora, cerca de 200 pessoas foram sensibilizadas pela ação.

O estudante Matheus de Oliveira, de nove anos, está empolgado com o projeto. “Eu gosto dos textos que fazemos. Não lia muito jornal, mas agora é o que eu mais gosto”, comenta o menino.

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