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Educadores dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e de programas da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba suspenderam ontem a greve que durou quatro dias. A decisão foi tomada após a prefeitura se comprometer a não descontar os dias parados. Os grevistas voltam ao trabalho hoje e as negociações serão retomadas no dia 5. A reivindicação de equiparação salarial com professores municipais continua. Isso elevaria o piso dos educadores de R$ 698 para R$ 1.194. "A suspensão da greve é benéfica, principalmente para o povo curitibano", afirma a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), Irene Rodrigues dos Santos.

No fim da tarde, os educadores comemoravam, já que, até o fim da manhã o prefeito Beto Richa havia se mostrado irredutível. O prefeito havia garantido que os dias não trabalhados seriam descontados.

"Para mim seria muito simples, numa canetada, ter a tranqüilidade do fim dessa manifestação e ter todo esse segmento simpático a mim. Mas seria muito irresponsável com a gestão do recurso público", afirmou Richa, no fim da manhã, pouco antes de ter o carro cercado por manifestantes na saída da Câmara, onde acompanhou o início dos trabalhos legislativos.

No fim da tarde, no entanto, a situação mudou. Uma nota oficial do secretário municipal de Recursos Humanos, Arnaldo Bertone, amenizou os ânimos. "Os dias não trabalhados durante a paralisação não terão reflexo (desconto) na folha de pagamento de fevereiro", disse Bertone na nota.

Os CMEIs Tia Eva, no CIC, e Olga Prestes, no Pinheirinho, não abriram ontem, contrariando liminar da Justiça que determinava que os 156 CMEIs deveriam abrir com um mínimo de funcionários. Mesmo assim, cerca de 280 crianças ficaram sem atendimento.

A auxiliar de produção Mira Nascimento foi uma das prejudicadas. "Trabalho à noite e preciso descansar de dia, mas tive que cuidar do meu filho e da filha da minha sobrinha, já que a creche (Tia Eva) ficou fechada", conta.

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