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Entre os 63 presos, três são policiais civis e um é fiscal da Receita Estadual | Bianca Garmatter
Entre os 63 presos, três são policiais civis e um é fiscal da Receita Estadual| Foto: Bianca Garmatter

Veja a reportagem do ParanáTV

  • PRF já realizou 42 prisões em Paranaguá. Policiais se concentram na delegacia do município

Quarenta e duas pessoas foram presas em Paranaguá, no Litoral do estado, nesta quarta-feira (6), até as 17h30, durante uma operação da Polícia Federal e da Polícia Militar para prender membros de seis quadrilhas que desviavam cargas do Porto de Paranaguá. Até as 17h30, 63 pessoas tinham sido presas no Paraná, segundo a assessoria de imprensa da PF.

Na região de Maringá foram presas 12 pessoas acusadas de envolvimento no esquema. As prisões foram realizadas em Maringá, Mandaguari e Marialva.

Além das prisões na região de Maringá e no Litoral, outros nove mandado de prisão preventiva foram cumpridos em Curitiba. Entre os detidos estão dois policiais civis da capital.

Ao todo, 121 mandados de prisão serão cumpridos no Paraná, São Paulo e Santa Catarina. São 99 pessoas, já que algumas possuem mandados nos dois estados. Segundo o balanço da PF, restam ainda 36 mandados a serem cumpridos.

As investigações começaram a ser feitas pela PF e pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) há 11 meses, depois que empresas que atuam no porto denunciaram o roubo de cargas.

Um dos 42 presos no Litoral é um policial civil da referida cidade do litoral paranaense. De acordo com o delegado da PF em Paranaguá, Jorge Luís Fayad Nazário, um fiscal da Receita Estadual e um advogado também foram presos no Litoral.

Ao todo, 60 mandados de prisão preventiva serão cumpridos em Paranaguá - restavam ainda 18, por volta das 17h30. A PF cumprirá também 98 de busca e apreensão nos três estados.

Segundo a PF, duas mil toneladas de grãos foram desviadas do Porto de Paranaguá apenas neste ano. Os policiais são suspeitos de terem praticado os crimes de extorsão e prevaricação (não cumprimento da função pública por má-fé ou por improbidade).

Entre os membros das quadrilhas estão também caminhoneiros, funcionários de terminais portuários, donos de empresas de fachada – que fazem a emissão de notas frias - e receptadores. Além disso, outras pessoas eram intermediárias e passavam informações sobre as cargas desviadas.

Os intermediários também aliciavam os responsáveis pela pesagem das cargas em empresas e transportadoras. O advogado preso em Paranaguá seria o responsável por esses aliciamentos.

Alguns métodos utilizados pelos membros das quadrilhas para desviar as cargas eram o de lançar descargas que não ocorreram nos sistemas dos terminais portuários, carregar os produtos retirados do Porto de Paranaguá em caminhão com placas clonadas e documentos falsos, e ainda a substituição de fertilizantes desviados por produtos de menor valor, de acordo com a PF.

Os produtos mais desviados do porto eram óleo de soja e cloreto de potássio.

Troca de tiros

Os 42 presos no Litoral foram localizados em casa. Um deles reagiu a prisão e houve troca de tiros com os policiais federais e militares. Ninguém se feriu e o suspeito acabou preso.

Em outra situação, um dos suspeitos também foi preso por porte ilegal de arma.

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