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O acusado de ter participado da morte do estudante Bruno Strobel, de 19 anos, foi condenado na tarde desta quarta-feira (24) pelo crime de tortura, ocorrido na Região Metropolitana de Curitiba. Ricardo Cordeiro Reysel, que trabalhava como supervisor da empresa de segurança Centronic na época em que o crime ocorreu, foi condenado a uma pena de quatro anos e seis meses de reclusão em regime semiaberto.

O réu foi o quarto acusado de envolvimento na morte do jovem. Reysel, no entanto, foi absolvido dos crimes de homicídio, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.

De acordo com o advogado da acusação, Rafael Fabrício de Melo, a família do estudante vai recorrer da decisão. "Para nós, está claro que houve o crime de formação de quadrilha", afirmou o advogado.

Para o advogado da defesa, Matheus Gabriel Rodrigues de Almeida, ficou claro que Reysel não participou do assassinato de Bruno. Segundo Almeida, a juíza do caso, Ines Zarpelon, deve providenciar ao réu, que está preso desde o dia 1° de abril de 2008, alvará de soltura para que ele cumpra a pena em regime semiaberto.

Atraso no julgamento

Reysel começou a ser julgado com cerca de uma hora de atraso porque duas testemunhas de acusação não compareceram. De acordo com informações do advogado Rafael de Melo, as duas testemunhas eram funcionários da Centronic. Uma delas era uma mulher que alegou em sua justificativa que está grávida e que estaria passando por uma gravidez de risco, o que a impossibilitava de comparecer ao julgamento.

A acusação entendeu o estado de saúde da mulher e informou a juíza do caso que o comparecimento não prejudicaria o andamento do processo. O outro funcionário que faltou não avisou que não compareceria ao julgamento e não foi localizado. O julgamento foi iniciado às 9h30, na Câmara dos Vereadores de Almirante Tamandaré, Região Metropolitana de Curitiba, e a sentença foi proferida por volta das 18h30.

Caso

O estudante Bruno Strobel foi encontrado morto na Rodovia dos Minérios, em Almirante Tamandaré, em outubro de 2007. O crime teria acontecido depois que o jovem foi flagrado pichando um muro de uma clínica localizada no bairro Alto da Glória, em Curitiba.

Outros três acusados de participar da morte do estudante foram julgados e condenados. O acusado Marlon Balem Janke – condenado a 23 anos de prisão em 2010 – Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues – condenação de 13 anos – e Eliandro Luiz Marconcini – condenado a 12 anos e 11 meses de detenção em maio de 2012.

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