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Em frente a residência onde o crime ocorreu, policiais fazem levantamento para investigações | Felippe Aníbal/ Gazeta do Povo
Em frente a residência onde o crime ocorreu, policiais fazem levantamento para investigações| Foto: Felippe Aníbal/ Gazeta do Povo

Um adolescente de 14 anos foi assassinado, na tarde desta terça-feira (30), na casa em que morava, no bairro Cajuru, em Curitiba. Cerca de uma hora antes, ele teria denunciado dois colegas, durante uma abordagem policial. Este foi o décimo segundo homicídio registrado no Cajuru em novembro.

O crime ocorreu por volta das 16h45, quando sete homens foram à residência do menor, que fica na Rua Cuiabá. Segundo a Polícia Militar (PM), um deles entrou e perseguiu o menor, que foi morto a tiros, entre o muro e a casa. No local, foram encontradas cápsulas de pistola calibre nove milímetros. O Instituto de Criminalística (IC) vai elaborar um laudo, apontando quantos disparos atingiram a vítima.

Por volta das 15h30, o adolescente e outros dois homens foram abordados por uma viatura das Rondas Ostensivas de Natureza Especiais (Rone). Leandro Ferreira, de 25 anos, estava com projéteis de arma de fogo e foi detido por porte ilegal de munições. Leandro Barbosa de Souza, de 29 anos, portava uma pequena quantidade de maconha e foi encaminhado ao 6º Distrito Policial (DP), por porte de drogas, onde foi qualificado como usuário e foi liberado.

Uma equipe da Delegacia de Homicídios (DH) esteve no local do crime e iniciou as investigações. De acordo com o delegado Alexandre Bonzato, durante a batida policial, o adolescente revelou que os dois colegas estariam envolvidos em homicídios ocorridos no bairro. "Por ter sido considerado um traidor, ele foi executado por companheiros dos dois homens que foram encaminhados ao distrito policial após a abordagem", disse o delegado. Segundo a DH, a polícia já identificou o homem que atirou no adolescente e faz buscas para prendê-lo.

Mortes

Até o fim da tarde desta terça-feira, 12 homicídios haviam sido registrados no Cajuru neste mês de novembro. Moradores afirmam que as mortes têm relação direta com o tráfico de drogas. Entre as vítimas, estão dois irmãos gêmeos, que foram assassinados em um intervalo de cinco dias. Desde o início do ano, 48 assassinatos ocorreram naquele bairro.

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