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O advogado de um dos alunos presos após manifestação e tumulto no campus de Guarulhos da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) na noite desta quinta-feira (14) disse que os estudantes deverão passar o final de semana na cadeia.

Pedro Ivo Iokoi disse que só poderá decidir a estratégia de defesa de sua cliente, a estudante Laisy Cruxem, após o auto de prisão em flagrante ser concluído. Ele afirmou que tentará apelar para o plantão judicial e criticou a dificuldade que está tendo para ter acesso ao auto.

Segundo o advogado, não houve constrangimento aos professores e o caso não pode ser tratado como formação de quadrilha. "Não dá para falar que todos tiveram a intenção de cometer algum dano, nem é possível dizer que eles fazem isso com frequência", disse Iokoi.

A defesa acredita que o caminho mais fácil para libertar os presos é conseguindo a liberação de Laisy primeiro, já que um vídeo divulgado pelos estudantes mostra ela sendo arrastada por um policial.

Durante toda a manhã os 25 detidos, além de PMs e funcionários da universidade foram ouvidos na sede da Polícia Federal, na Lapa (zona oeste de São Paulo). Os 22 estudantes presos serão encaminhados ainda para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros e de Santana. Dos 25, três estudantes foram liberados por volta das 15h30.

Estudantes da universidade estão desde a madrugada de hoje em frente a sede da Polícia Federal, na Lapa (zona oeste de São Paulo), pedindo pela liberdade dos colegas.

Prisões

Cerca de 25 estudantes foram detidos na noite de quinta no campus de Guarulhos, após uma manifestação que resultou em confronto entre estudantes e policiais militares. Eles pediam pelo fim da repressão e melhorias no campus da universidade.

De acordo com nota da PM, professores e funcionários acionaram a polícia e afirmaram que os estudantes tentavam invadir o prédio "de forma violenta". Quando os policiais chegaram no local, foram recebidos com pedras e pedaços de madeiras.

Segundo estudantes da universidade, o grupo chegou a invadir o prédio por alguns minutos, mas saiu logo em seguida. Imagens divulgadas pela PF mostram as paredes do prédio da diretoria pichadas e os vidros quebrados.

Em nota, a Unifesp afirmou que os estudantes "intimidaram" o diretor acadêmico e professores que estavam no prédio e "depredarem as instalações do campus aos gritos de ocupação".

A universidade informou que "está procurando, de todas as formas, solucionar os problemas e recolocar o campus Guarulhos em situação de normalidade" e acrescentou que "a invasão do campus, com depredação do patrimônio público e constrangimento ilegal não é forma de manifestação ou reivindicação". Uma perícia do prédio da diretoria foi feita para constatar os danos ao patrimônio da universidade, segundo a PF.

Dentre os 22 estudantes presos e indiciados, 14 deles já haviam sido detidos na PF no dia 6, quando aconteceu a reintegração de posse do campus da universidade.

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