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Desolação

Alimento doado não é suficiente para flagelados

Doações de roupas, calçados e alimentos na Secretaria da Educação de Itajaí | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Doações de roupas, calçados e alimentos na Secretaria da Educação de Itajaí (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

Na fila de quase 150 metros ontem para receber doações na Secretaria Municipal de Educação de Itajaí, a reclamação era da pouca quantidade de alimento entregue. Desde as 7h30 na fila (as doações começavam às 10 horas), a diarista aposentada Darli Silva da Conceição, de 65 anos, e a filha, a dona de casa Elaine da Conceição Matias, 32, não chegaram a levar para casa uma cesta básica inteira.

No saco plástico que receberam de doação, havia dois pacotes de bolacha, um litro de leite, um pacote de macarrão, um pote de achocolatado em pó, um quilo de farinha, meio quilo de feijão e seis maçãs, além de um galão de água de 5 litros e seis fraldas para os netos. "É muito pouco. Não sei como vamos fazer para dividir isso com as 14 pessoas que estão na casa da minha mãe", questiona Elaine. Na doação anterior, na mesma quantidade, Elaine ficou sem comer. "Comi só umas bolachas, porque o feijão eu deixei para as crianças e a minha mãe, que é de idade", afirma.

Quinta-feira, a auxiliar de serviços gerais Sônia Maria Nunes Amorim, de 43 anos, ficou quatro horas na fila para receber alimentos. Nas três vezes que foi buscar doação, não conseguiu em nenhuma pegar uma cesta básica inteira. "Cada porção dessas dá para quatro pessoas em um dia. Mas na minha casa estamos em oito", compara.

Até quinta-feira, confirma Eleni Seidel, que coordena o trabalho dos voluntários na Secretaria Municipal de Educação, as doações que chegaram eram apenas de feijão e bolachas. "Estamos doando o suficiente para as pessoas passarem o dia. Não doamos mais porque não há comida suficiente", enfatiza Eleni.

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