Alvo de TAC, Pátio Batel faz 11 de 17 obras viárias previstas

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Um ano e sete meses após a inauguração do Shopping Pátio Batel, os responsáveis pelo empreendimento ainda não concluíram seis das 17 intervenções urbanísticas definidas pela prefeitura de Curitiba como contrapartida para a construção do espaço. As obras foram objeto de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pelos empresários. Tudo, porém, ainda está no prazo, garante a gestão municipal.

Quando da inauguração do shopping, em setembro de 2013, a prefeitura divulgou uma relação de obras e intervenções viárias que deveriam ser realizadas pelos empresários para mitigar efeitos do trânsito. Na ocasião, havia obras previstas para quatro, seis e oito meses.

Mas esses prazos não deveriam ser contados a partir da inauguração do empreendimento, diz o município. Pelo novo entendimento, eles passam a valer quando do início da intervenção. O motivo, segundo o executivo, decorre de trâmites burocráticos para dar início a cada uma das medidas – como autorizações e liberação emitidas pela própria prefeitura. A definição dos períodos para a realização das obras também levou em conta a necessidade de reduzir o impacto negativo no trânsito na região.

Quem vive na região diz ainda não sentir o impacto direto do novo polo comercial por ali. Mas isso porque o trânsito está afetado por uma das obras previstas no TAC, o alargamento da Rua Francisco Rocha – entre as avenidas Vicente Machado e do Batel. Essa intervenção, segundo a prefeitura, deverá ser concluída entre 30 e 60 dias.

“A obra da Francisco Rocha tumultuou. Em horário de pico, está muito desagradável. Mas o shopping mesmo ainda não impactou, até porque a impressão é que ele ainda não ‘pegou’. A praça de alimentação e o cinema, por exemplo, ainda não atraem tanto”, defende a arquiteta e urbanista Carolina Rousseau.

Mas uma das principais intervenções, o prolongamento da Alameda Doutor Carlos de Carvalho até a Rua General Mário Tourinho já foi concluída. A intervenção, inclusive, dependeu da abertura da rua – antes fechada por uma concessionária que tinham seus fundos voltados à Rua Abrão Lerner – continuação da Rua Carlos de Carvalho.

Em nota, a assessoria do Pátio Batel informou que o empreendimento cumpre à risca as solicitações acordadas com a prefeitura e que todas as obras foram cumpridas ou estão dentro do prazo estipulado pelo Termo de Ajustamento de Conduta.

Bosque Gomm

Uma das obras viárias que mais polêmica levantou, a reestruturação da pavimentação da Rua Hermes Fontes – entre as ruas Desembargador Costa Carvalho e Francisco Rocha, também não foi finalizada. Isso porque a intervenção foi atacada por, entre outros motivos, segregar ainda mais o Bosque da Casa Gomm – imóvel tombado pelo patrimônio histórico.

Segundo a prefeitura, um projeto está sendo desenvolvido por ela em conjunto com o ‘Grupo Amigos do Bosque Gomm’. O levantamento de topografia, inclusive, já teria sido encerrado, mas a implantação do projeto ainda segue sem prazo de execução. No perfil criado no Facebook “Salvemos o Bosque da Casa Gomm”, há até uma planta preliminar para implantação de um parque no local. Enquanto não sai do papel, o grupo realiza atividades por conta própria no bosque, como piqueniques e oficinas de jardinagem.