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Londrina - Integrantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) ocuparam, por volta das 6h30 de ontem, a Fazenda Itaverá, em Alvorada do Sul, na Região Norte do estado. O local é de propriedade da Usina Central do Paraná, com sede em Porecatu. Cerca de 300 pessoas participaram da ocupação.

Segundo o líder do acampamento, Celso Damasceno, o objetivo da ocupação é pressionar o governo federal para transformar a propriedade em um assentamento. "Há três laudos emitidos pelo Incra (Instituto Nacional de Co­­lonização e Reforma Agrária) que consideram a área improdutiva. Também houve denúncias de trabalho escravo na fazenda e, até agora, não houve nada em relação à retomada da propriedade pela União", disse.

O líder do acampamento explicou que os sem-terra exigem a realização da reforma agrária e não há previsão para que a fazenda seja desocupada. "Não vamos sair daqui. Só deixaremos o local se houver uma determinação da Secretaria de Estado da Justiça, pois, em casos como esse, a decisão deve ser tomada pelas instâncias superiores."

Damasceno também usou como justificativa para a ocupação o abandono da fazenda pelos proprietários. Cerca de 90 casas de ex-trabalhadores da Usina Central foram demolidas.

A direção da Usina Central do Paraná informou que ainda não tinha tomado conhecimento da invasão, mas informou que tomará as medidas cabíveis para a retomada da propriedade. Em relação à demolição das casas, a direção informou que a colônia já tinha sido desativada e que no local seria plantada cana-de-açúcar.

Ocupações

O principal instrumento de luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) continuará sendo a ocupação de terras, co­­mo forma de fazer acontecer a re­­forma agrária. A declaração foi dada nesta semana por Diego Moreira, da Coordenação Estadual do MST, durante evento comemorativo dos 25 anos de lutas e conquistas do movimento, no Assen­tamento Dorcelina Folador, em Arapongas.

Cerca de duzentas lideranças de assentamentos e acampamentos do MST nas regiões Norte e Noroeste do estado, se reuniram por três dias no centro comunitário do Dorce­lina Folador, em Arapongas. O encontro, além de festivo pelo jubileu de prata do movimento, também foi marcado por um seminário de discussão e avaliação da trajetória e do atual estágio da luta pela reforma agrária.

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