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| Foto: André Rodrigues/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Próximas manifestações em Curitiba

Ladrão fiscalizando ladrão dá em corrupção! Político no Tribunal de Contas não!!!!

4 de julho (quinta-feira), na Praça Santos Andrade

#ForaFeliciano – Curitiba! Quem está derrubando o preço das tarifas, vai derrubar Feliciano!

10 de julho (quarta) às 18 horas, na Praça Santos Andrade

Marcha das Vadias Curitiba 2013

13 de julho (sábado) às 11 horas, na Praça da Mulher Nua

Apesar do frio de menos de 10°C, o IV Ato pela Redução da Tarifa de Ônibus de Curitiba reuniu cerca de 800 pessoas na noite desta terça-feira (2) na região central da cidade. O ato teve início na Boca Maldita e terminou em frente ao prédio da Câmara, na praça Eufrásio Correia. Pacífico durante toda a passeata, o protesto terminou com a detenção de três pessoas, duas delas suspeitas de explodirem uma caixa de correio e uma por ter depredado, na noite de segunda (1º), um ônibus.

Com mais de três mil confirmações no Facebook, os manifestantes começaram a chegar por volta das 18 horas na Boca Maldita. A expectativa inicial dos organizadores, porém, era de que 500 pessoas participassem. "Apesar da redução da tarifa, alguns os manifestantes perceberam que juntos, nas ruas, podem muito mais. Agora, informações como o lucro dos empresários do transporte foram divulgadas. Mas ainda falta muita coisa", disse Liz Goes, 24, que se apresentou como representante da Frente da Luta pelo Transporte de Curitiba.

VÍDEO: veja como foi o protesto

Veja fotos da manifestação desta terça-feira em Curitiba

Um grupo, com instrumentos musicais, conhecido como o Bloco do Biarticulado, participou do movimento nesta terça-feira. Manifestantes confeccionaram cartazes e um biarticulado feito de pano. O protesto contou ainda com o apoio de quem só estava de passagem pelo centro da cidade. "As manifestações não podem parar, porque ainda há muito o quê melhorar. A saúde pública está um caos", reclamou o aposentado Luiz Augusto do Carmo, 74, que se juntou aos manifestantes durante a concentração na Boca Maldita.

Com cartazes como "pecar pelo silêncio quando se deveria protestar transforma homens em covardes", os manifestantes iniciaram sua passeata pela Rua Doutor Muricy chamando as pessoas para a rua. Apesar de mais concentrado na questão do transporte público, o protesto também contou com cartazes contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, e o pastor e deputado federal Marco Feliciano.

O fiscal de loja Lucas Gonçalves Ledo, de 18 anos, protestou por melhor qualidade no transporte público. "A Urbs aumenta a passagem e não devolve o aumento, não melhora a qualidade. Hoje mesmo a linha que eu pego, o Tamandaré/Cabral, quebrou e tivemos que esperar quase uma hora pelo carro reserva", lamentou.

Já para o funcionário público Rubens Antony, de 23 anos, o principal motivo de ter participado do ato desta terça-feira é a corrupção. "Nas eleições eles prometem um monte, mas nunca cumprem. Por isso, o protesto tem que continuar, mesmo após o anúncio da Dilma", explicou Antony.

Palavras de ordem

Já em frente à Câmara de Vereadores, o grupo gritou palavras de ordem como "A Fifa não paga a minha tarifa" e "Fruet, a culpa é tua, o povo tá na rua", e "um, dois, três, quatro, cinco mil, ou para a roubalheira ou paramos o Brasil". Minutos antes da chegada dos manifestantes, cerca de oito motocicletas da Guarda Municipal entraram no estacionamento dos fundos da sede da Câmara.

No local, o grupo iniciava a dispersão quando mais viaturas da Guarda Municipal chegaram com as sirenes acionadas, o que acabou acirrando os ânimos de cerca de 40 manifestantes. Guardas posicionados dentro do prédio, atrás de uma porta de vidro, passaram a ouvir gritos de ordem como "você aí parado também é explorado". Um homem mais exaltado abaixou as calças e mostrou as nádegas para os policiais. Após 20 minutos, porém, o grupo desocupou as escadarias do prédio público.

Em seguida, parte dos manifestantes seguiu em direção à Rua XV de Novembro. Por volta das 21h, porém, um grupo menor explodiu uma caixa de correios com rojões e acabou detido por policiais militares que acompanharam o protesto à paisana. De acordo com o coronel Milton Izack Fadel Júnior, dois homens foram presos. Além deles, uma terceira manifestante foi detida após ser identificada como responsável por quebrar a lanterna de um ônibus na noite de segunda-feira.

Pauta de reivindicações

A manifestação pediu a redução e congelamento da tarifa de ônibus para R$ 2,60 em dias úteis e R$ 1 aos domingos. De acordo com a página na rede social, os manifestantes exigem a abertura da "caixa-preta" da Urbs e o passe gratuito para estudantes.

O ato é organizado pela Frente de Luta pelo Transporte Coletivo, que liderou alguns dos protestos das últimas semanas. A Frente é composta por pessoas, movimentos e organizações sociais. Eles fizeram assembleias populares nos últimos dias para unificar a pauta de reivindicações.

"Mobilidade urbana não é só ir ao trabalho, mas ter um acesso verdadeiro à cidade. Lutamos para que seja aberta a caixa preta da URBS e haja transparência no valor da tarifa para toda a população", diz o texto da descrição do evento na rede social.

Os manifestantes também se mobilizam contra a violência policial e os "crimes" da Copa do Mundo no Brasil. "São despejos forçados, mudança dos trajetos de ônibus para isolar a população das áreas dos estádios. A não integração metropolitana também é reflexo disso", afirma a pauta do protesto.Cartazes

Antes do protesto desta terça-feira à noite, uma oficina de cartazes aconteceu por volta das 16 horas na Boca Maldita. Também estavam programadas manifestações nos aeroportos de Curitiba, Foz do Iguaçu, Maringá, Cascavel e Londrina nesta terça-feira, às 17 horas. As páginas do Facebook que convocam os protestos, porém, não tinham nenhum usuário confirmado. De acordo com informações das administrações dos principais aeroportos paranaenses, não houve registro de protestos nos terminais nesta tarde de terça-feira.

Últimos protestos

A onda de protestos que tomou conta do país nas últimas semanas teve grande repercussão em Curitiba. Dois protestos, nos dias 17 e 21 de junho, registraram o maior número de manifestantes: foram 10 mil pessoas no primeiro e 15 mil no outro. Houve confronto entre policiais e manifestantes nos dois protestos. No dia 21, violentos embates em frente à Arena da Baixada e do Palácio Iguaçu deixaram saldo de 31 pessoas presas, inúmeros feridos e prédios públicos e privados, lojas, banco e restaurante depredados.

Os outros protestos tiveram um número menor de participantes, mas foram pacíficos. Este sábado, cerca de 2 mil pessoas protestaram no calçadão da Rua XV de Novembro.

No dia 20, seguindo a tendência de outras cidades, o prefeito Gustavo Fruet (PDT) baixou a tarifa de ônibus de R$ 2,85 para R$ 2,70. A alteração passou a valer nesta segunda-feira. Ontem, o prefeito enviou documento ao governo federal propondo que empresas ajudem a custear o transporte público.

Veja fotos do protesto desta terça-feira em Curitiba

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Vida e Cidadania | 0:44

IV Ato pela Redução da Tarifa de Ônibus de Curitiba reuniu cerca de 800 pessoas na noite desta terça-feira (2) na região central da cidade. O ato teve início na Boca Maldita e terminou em frente ao prédio da Câmara Municipal.

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