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| Foto: Polícia Militar/Divulgação

O bebê da adolescente encontrada morta em uma estrada rural de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, está no Oeste do Paraná. O corpo da mãe, de 16 anos, foi localizado no sábado (26) e a vítima - moradora de Guaratuba - foi identificada na noite de segunda-feira (28). A criança estava com a mãe no momento do crime, segundo a polícia. Um bilhete foi encontrado com o bebê e informava que a criança foi vendida por R$ 1,5 mil. A polícia investiga a veracidade dessa prova.

A delegacia de São José dos Pinhais investigava a possibilidade de o bebê, que tem menos de um mês de vida, ter sido levado para a cidade de Guaraniaçu, no Oeste do estado. O delegado Gil Tesseroli confirmou que a criança é o bebê que desapareceu na RMC. Os familiares, em Guaratuba, fizeram o reconhecimento por meio de fotografias.

O bebê foi encontrado na tarde de terça-feira (29), em frente a Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Guaraniaçu. A criança foi encaminhada para um hospital de Guaraniaçu, onde passava por avaliação médica, e está sob responsabilidade do Conselho Tutelar.

A investigação sobre a morte da adolescente é conduzida pela delegacia de Guaratuba – onde foi registrado o desaparecimento da adolescente – com o apoio da delegacia de São José dos Pinhais.

Segundo a polícia, a ida da criança para o Oeste do Paraná está diretamente ligada ao homicídio. De acordo com o delegado, o bilhete dizia que a mãe da criança estava viva, quando o suposto casal comprou o bebê no último sábado. A adolescente e outro homem teriam vendido o bebê. Segundo o bilhete, o casal resolveu deixar a criança na igreja quando soube da morte da adolescente.

A polícia investiga o caso e não descarta a possibilidade dos autores do bilhete terem matado a adolescente.

Depoimentos

O pai e um tio da vítima estiveram em Curitiba na terça-feira (29) e foram ouvidos pela polícia. No depoimento, a família revelou que havia levado a garota e a criança na quinta-feira (24), em um posto de saúde de Guaratuba para fazer o teste do pezinho e a deixaram em frente à casa onde morava, no bairro Cohapar.

O companheiro da vítima também foi ouvido pela polícia na terça-feira. O pedreiro Jefferson de Góes, 33 anos, se relacionava com a adolescente há três anos. "Jefferson foi ouvido como testemunha. Não temos nenhuma evidência contra ele", disse o delegado.

Os familiares estiveram no IML na terça-feira para liberar o corpo da jovem, que deverá ser enterrado no Cemitério Municipal de Guaratuba, na quarta-feira (30).

Crime

O corpo da vítima foi encontrado caído às margens de uma estrada rural, no bairro Rio Pequeno, no sábado (26). A polícia foi acionada por moradores da região do bairro Rio Pequeno, entre as 8h e 10h. O corpo estava em um matagal na Rua Estefano Woicikieviz, próximo da represa de captação Rio Pequeno, da Sanepar. O local é uma área do turismo rural conhecido como Colônia Mergulhão.A calça da vítima estava aberta, mas não havia sinais aparentes de violência sexual. "Mas isso não é algo conclusivo e só será confirmado após o laudo do Instituto Médico-Legal (IML)", apontou o delegado Tesseroli.

O delegado disse que a vítima foi asfixiada, supostamente por algum tipo de fio ou cordão. Apesar de a estrada ser rural, o local é bastante movimentado. Por isso, a polícia também trabalha com a possibilidade de a adolescente ter sido assassinada em outro local e o corpo ter sido abandonado naquela via. "Tem um movimento razoável ali. Não haveria tempo hábil para alguém matar uma pessoa sem ser visto", disse o delegado.

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