O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.| Foto: Nelson Jr./SCO/STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, informou, no início da sessão desta quarta-feira (20), que vai pedir à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que apure se o advogado do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), Paulo Faria, infringiu o Código de Ética da advocacia. O ministro disse que, inicialmente, Faria recusou-se a fazer um teste para Covid para entrar no plenário da Corte, onde fará a sustentação oral em defesa do parlamentar na sessão desta quarta.

O julgamento começou com atraso de mais de uma hora. Paulo Faria foi impedido primeiro porque não apresentou um comprovante de vacinação contra a Covid. Depois de uma primeira recusa, aceitou fazer o teste, que deu negativo, o que permitiu o início do julgamento.

"A resolução 767, que cuida de medidas de combate à Covid, dispõe que para ingressar é necessário comprovante da vacina ou teste negativo de Covid. De início, o advogado inscrito recusou-se a fazer o teste, noticiando que não tomara a vacina. Foi interditado seu ingresso. Posteriormente foi disponibilizado link para videoconferência, o que ele também não aceitou. Às 3 horas e 24 minutos [da tarde], o advogado aceitou submeter-se ao teste da Covid. Realizado o teste, o resultado foi negativo. De sorte que essa demora se deu por conta dessa recalcitrância indevida do advogado da parte", disse Fux na sessão.

Só depois, ele informou que oficiaria à OAB para que a entidade analise a conduta do advogado.

Leia também: O que esperar do julgamento de Daniel Silveira no STF