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O senador Epitácio Cafeteira (PTB- MA), relator do processo por suposta quebra de decoro parlamentar contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), desistiu de entregar o cargo. Ele ameaçou deixar a relatoria caso o Conselho de Ética adiasse a votação para terça-feira – como acabou sendo decidido.

Cafeteira disse que voltou atrás na disposição de entregar o cargo depois de receber um telefonema de sua mulher, a quem rendeu elogios ao longo da sessão do conselho, para acatar a proposta alternativa.

"Atendendo a um pedido da minha mulher e do senador Renan, eu aceito prorrogar", disse o relator.

O curioso é que Cafeteira admitiu que foi o próprio Renan que ligou para sua mulher pedindo que ela intercedesse junto ao marido para adiar a votação.

Antes dessa ligação, Cafeteira insistia em entregar o cargo e queria que a votação acontecesse hoje. "Se querem a mudar a data, entrego à senadora Ideli (Salvatti, do PT-SC) o cargo para me substituir. Não vou ficar desmoralizado. Não encontrei nenhum documento contra o presidente do Senado", disse antes.

Ele dizia que se a votação fosse adiada, o relatório "perderia a razão de ser" porque incluía apenas as denúncias sobre o suposto uso da Mendes Júnior, por parte de Renan, para pagar despesas pessoais. Antes das novas denúncias virem à tona, Cafeteira sugeriu o arquivamento do processo contra Renan por falta de provas.

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