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Mais crianças deixam de trabalhar

A Pnad revelou que o trabalho infantil perdeu força no Brasil de 2007 para 2008. A taxa de ocupação de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos caiu de 10,8% em 2007 para 10,2% no ano seguinte, de acordo com os dados divulgados ontem pelo IBGE. O resultado significa que, em 2008, 367 mil pessoas desta faixa etária deixaram de trabalhar, em comparação ao ano anterior.

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Analfabetismo estacionou em 10%

A taxa de analfabetismo no país permaneceu praticamente inalterada em 2008 em relação ao ano anterior. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domi­cílios (Pnad), havia cerca de 14,2 milhões de analfabetos com mais de 15 anos de idade no Brasil em 2008, quando a taxa foi estimada em 10%. Em 2007, a taxa foi de 10,1%.

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Desigualdade recuou em 2008

Último retrato do Brasil antes da crise mundial, iniciada em setembro do ano passado, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domi­cílios (Pnad) de 2008 mostra o país no auge de uma fase de avanços iniciada em 2004. Houve recorde histórico na criação de empregos formais e continuidade na redução da desigualdade. Mas a amostra também revela que caiu o ritmo do encurtamento de distâncias entre as faixas de renda. Além disso, ela foi concluída em setembro do ano passado, dias antes do estouro da crise econômica mundial, que causou demissões até os primeiros meses de 2009.

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Em dez anos, o Paraná conseguiu reduzir em 35% o número de adolescentes que engravidaram. A informação consta da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) referente ao ano de 2008, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geo­grafia e Estatística (IBGE). Em 1998, 62,3 mil meninas de 15 a 19 anos declararam ter filhos. Em 2008, este número caiu para 40 mil no estado. No Bra­sil, a redução foi menor: 18,2%. Em 1998, 1,15 milhão de adolescentes neste grupo de idade disseram ter filhos, contra 946 mil, em 2008.

A redução mostra uma consciência maior por parte dos jovens no que diz respeito ao uso de métodos contraceptivos, na opinião da chefe da divisão de promoção da saúde da mulher, criança e adolescente da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Patrícia Danielle Torres Matille. "Verificamos isso com o aumento da procura por atendimento para uso de contraceptivos nas unidades de saúde", diz.

Outros fatores, como ações e programas do governo com foco na prevenção, atendimento hospitalar e até o comportamento da população em determinadas regiões também justificam essa queda. Gravidez na adolescência, reforça Patrícia, é considerada gestação de risco para a saúde do bebê e da mãe.

Exemplo vivo

A história da família Stiglin é um exemplo vivo de como a consciência tomou conta das famílias nos últimos anos. As dificuldades trazidas pelo fato de ter sido mãe solteira aos 14 anos fizeram com que a funcionária pública Cláudia Stinglin, 37, fechasse o cerco na educação de suas quatro filhas. As meninas só podem namorar depois de completar 18 anos e saídas com amigos são controladas. "Sempre deixei claro que não foi agradável ter tido filhos tão cedo. Não tive adolescência", comenta.

Cláudia casou quando a primogênita Laís, 23 anos, tinha um ano e sete meses. Into­lerância a vários tipos de anticoncepcionais e a recusa por parte do marido em usar preservativo resultaram nas outras três filhas. "Aos 23 anos já era mãe de quatro crianças. Uma responsabilidade muito precoce", diz.

A mais nova, Lizandra, 13 anos, não se importa de ser chamada de careta pelos colegas de escola. "Sou excluída, mas não me importo. Minha mãe está certa em cuidar e acho que tem de continuar cuidando. A maioria dos adolescentes só quer aproveitar, sem pensar nas conseqüências", diz.

Com jeito de criança, Alessandra Pontes da Luz, 15 anos, adiou os planos de retornar para a escola para cuidar de seu bebê de dois meses. "Eu tomava pílula, mas falhou", diz. Entre idas e vindas da casa da cunhada, acabou indo morar com a sogra. Terezinha do Rocio, 53 anos, fala que tinha medo da inexperiência da nora, mas ela deu conta do recado com a pequena Fer­nanda. "Quando vi o rostinho dela, percebi que tinha uma vida pela frente", afirma.

Menos filhos

A comparação dos estudos do IBGE entre 1998 e 2008 também mostra que as mulheres paranaenses estão optando em ter menos filhos. A taxa de fecundidade das mulheres com mais de 15 anos passou de 2,6 para 2,2, respectivamente. No Brasil, a taxa de fecundidade diminuiu de 1,95 filho por mulher em 2007 para 1,89 em 2008.

Outra constatação da Pnad é a confirmação da tendência do envelhecimento da população. A primeira infância (crianças de 0 a 4 anos) é 64% menor que a população formada pela terceira idade (pessoas com mais de 60 anos) no Paraná.

A tendência, de acordo com o analista do IBGE no Paraná, Luis Alceu Paganotto, é que até 2025 o número de idosos e de crianças já tenha igualado. "Nos países desenvolvidos as pirâmides etárias já inverteram e o número da população idosa é maior", diz.

Em todo o país o total de idosos representa 11,1% da população. O Rio de Janeiro é o estado brasileiro onde há o maior número de pessoas com mais de 60 anos (14,9% do total da população). Em seguida vêm o Rio Grande do Sul (13,5%) e São Paulo (11,9%). No Paraná, os idosos são 11,2% da população.

Colaboraram Aline Peres e Pollianna Milan

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