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Brasília – Na reta final da campanha, os três candidatos à presidência da Câmara – Arlindo Chinaglia (PT-SP), Aldo Rebelo (PC do B-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR) – vão investir num grupo de cerca de 140 deputados que ainda estariam indecisos ou já mudaram de lado mais de uma vez nas últimas semanas. Na fase da guerra de números, os coordenadores fazem e refazem contatos e admitem a dificuldade de vencer no primeiro turno, marcado para 1.º de fevereiro. Chinaglia, o mais otimista, ainda não descarta a hipótese.

Seus aliados contabilizam pelo menos 270 votos, numa conta que, segundo eles, já considera as traições. Os aliados de Aldo apostam que ele irá ao segundo turno, pois detém cerca de 200 votos contra 210/230 de Chinaglia. Fruet, pelas contas de seus aliados e adversários, teria por volta de 100/110 votos. Os petistas contam com 60 dos 90 votos do PMDB. Para os aliados de Aldo, é metade para cada um. No PP, Aldo acredita ter entre 17 e 20 votos, dos 41; os petistas, 25.

Mesmo assim, Chinaglia já não está tão seguro da vantagem como quando conseguiu a adesão do PMDB e dos partidos do chamado circuito mensalão (PP-PTB-PR). Nos últimos dias, ele detectou o sucesso de Aldo na reversão de votos, principalmente entre os peemedebistas.

Na verdade, os ânimos dentro do PMDB começaram a mudar nos últimos dias com a percepção da bancada de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estaria privilegiando o partido na reforma ministerial. Na melhor das hipóteses, eles intuem o direito de obter apenas duas indicações na equipe de Lula. Aldo tem se aproveitado disso para investir na bancada peemedebista.

Com um discurso firme sobre os riscos de se concentrar muito poder nas mãos de um único partido, no caso o PT, o candidato do PC do B espera receber na próxima semana o apoio do PDT e prevê a formação de um núcleo de esquerda dentro da base aliada que poderá se consolidar nas eleições municipais de 2008 e selar o rompimento da antiga aliança entre comunistas e petistas em 2010. Ele e seus aliados apostam que, num eventual segundo turno, PSDB e PPS não irão arcar com o desgaste de dar a vitória ao PT. Diante da reação negativa à decisão inicial do PSDB de apoiar o petista, Aldo está confiante de que poderá herdar a maioria dos votos de Fruet no segundo turno da eleição.

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