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VIDA E CIDADANIA | 0:26

Uma mulher de 36 anos morreu com o filho no colo ao reagir ao assalto no Boa Vista

Foi apreendido na manhã desta sexta-feira (9) o veículo usado na fuga dos acusados de participação no assassinato de Renata Melo do Amaral. O Fiat Uno vermelho, que aparece nas imagens das câmeras de segurança próximas ao local do latrocínio, foi encontrado em uma residência no bairro Jardim Porto Belo, em Umuarama, região norte do Paraná. Renata, 36 anos, foi baleada com o filho no colo, no bairro Boa Vista, em Curitiba. Segundo as investigações, ela foi morta por não querer entregar a chave do carro aos suspeitos.

Segundo o chefe da divisão de Furtos e Roubos da Delegacia de Umuarama, Milton Cinque, o carro foi localizado depois que investigações apontaram que parentes de um dos suspeitos teriam deixado o veículo na residência. "Comprovadamente foi esse o carro usado e parentes deixaram o veículo na residência. O carro apresenta avarias [estragos] na parte traseira e no capô", afirma. Cinque não informou se havia pessoas na residência nem se alguém chegou a ser apreendido, para não interferir nas investigações.

Conforme determinação da Delegacia de Furtos e Roubos e Veículos (DFRV) de Curitiba, responsável pelas investigações, o veículo deve passar por uma vistoria em Umuarama e o relatório anexado ao caso.

A polícia ainda procura por um menor conhecido como "Cabeça", que tem 16 anos e, segundo os suspeitos que já foram presos, teria sido o autor do disparo que matou Renata. A polícia ainda vai investigar essa informação.

Suspeitos foram presos

Quatro homens foram presos por suspeita de envolvimento no crime que tirou a vida da professora. Segundo a polícia, eles fazem parte de uma quadrilha especializada em roubo de carros, que recebia encomendas de uma pessoa de Umuarama e que os veículos roubados eram vendidos no Paraguai. Dois deles foram detidos nesta quinta-feira (8), em Umuarama. O primeiro suspeito preso foi Luiz Fernando Arcílio, 18 anos, no último sábado (3).

A polícia também recebeu uma denúncia anônima, que dizia que a arma usada no crime estava enterrada próxima em um posto de combustíveis na BR-277 e que um dos criminosos iria buscá-la. Os policiais foram até o local e prenderam Marcelo Dubay, 25 anos, conhecido como "Polenta", na segunda-feira (5). O revólver de calibre 38 foi encaminhado para a perícia, que confirmou ser a arma que matou Renata. As investigações seguiram e a polícia identificou outros dois homens que fariam parte do grupo: Alan Cristian Horst Beck, 23 anos, conhecido como "Sassa", e Alex Martins, 27 anos. Os dois foram detidos nesta quinta-feira, com o apoio da 7º Subdivisão Policial. Martins é o líder do bando, segundo o delegado Renato Fiqueiroa, e é o responsável por fazer as encomendas. "Ele encomendou os três carros ao Arcílio, que decidiu terceirizar o trabalho e contratou o ‘Sassa’ e o adolescente para fazerem os roubos". Eles receberiam R$ 2,5 por cada veículo, informou a polícia.

Martins também teria fornecido o Fiat Uno para ser usado nos crimes. O carro aparece nas imagens das câmeras de segurança de uma residência próxima ao local do latrocínio. Dois homens também aparecem correndo no vídeo. Eles são Beck e o adolescente, segundo o delegado. Dubay era o motorista do Uno, conforme a polícia.

O crime

Renata Melo do Amaral não quis entregar a chave do carro e foi baleada na cabeça, no estacionamento de um brechó infantil, por volta das 9 horas, no bairro Boa Vista. No momento do crime, ela estava com o filho no colo. A criança não ficou ferida.

O crime ocorreu na Rua Fernando de Noronha. Testemunhas disseram à polícia que a mulher mordeu a mão de um dos assaltantes e isso pode ter motivado o homem a atirar na vítima. A vítima foi enterrada na sexta-feira (2).

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