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Policiais da Delegacia de Homicídios (DH) trabalham para tentar identificar um carro vermelho, mencionado por testemunhas da morte do professorAntônio Carlos de Paula, de 49 anos, queimado vivo na madrugada de sexta-feira (1º). O educador teria sido tirado do veículo por dois homens, que, em seguida, lhe jogaram um líquido inflamável e atearam fogo.

Segundo o investigador Carlos Henrique Lima, a polícia foca em uma única linha de investigação, que não pode ser revelada. Neste contexto, a identificação do veículo é fundamental para a conclusão do caso. A polícia sabe que se trata de um modelo hatch compacto – possivelmente um Ka ou um Celta – da cor vermelha. "A partir desta identificação do carro, poderemos esclarecer algumas coisas importantes", disse o policial.

A DH também está reconstituindo os últimos passos do professor. A polícia aponta que denúncias anônimas podem ser decisivas para desvendar o caso. Informações podem ser repassadas anonimamente pelo telefone (41) 3360-1400. "Às vezes, uma coisa pequenininha já ajuda a gente a chegar aos culpados", observou Lima.

O caso

Antônio Carlos de Paula foi agredido e queimado no bairro Hauer, em Curitiba, na madrugada de sexta-feira (1º). O crime ocorreu na Rua Alcino Guanabara, por volta das 5 horas. A vítima teve queimaduras em todas as partes do corpo, chegou a ser socorrida no Hospital Evangélico, mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com a delegada Maritza Haisi, da Delegacia de Homicídios, testemunhas contaram que o professor foi levado à rua em um carro. Os autores do crime o retiraram a força do veículo, jogaram um líquido no corpo dele e atearam fogo.

De acordo com o depoimento da mulher que era a companheira de Antonio Carlos, o professor costumava retornar do colégio por volta das 18h30. No dia do crime, ela chegou em casa às 20h30, quando o educador já não estava na residência. A mulher presumiu que ele tivesse saído, pois a moto modelo XR300, o capacete e um relógio dele não estavam na casa. A família suspeita de latrocínio (roubo seguido de morte).

"A gente não entende essa brutalidade enorme que fizeram ele. Se quisessem roubar a moto, tudo bem. Mas não precisavam ter feito isso", disse Maria de Jesus.

A irmã da vítima aponta que monitorou a conta do professor por meio da internet e detectou que foi feito um pagamento com o cartão de débito de Antonio Carlos no valor de R$ 30, em uma lanchonete no Sítio Cercado, e o saque de R$ 150 em uma agência bancária na Avenida Brasília, no Novo Mundo.

O corpo do professor foi sepultado na quarta-feira (6), no Jardim da Saudade, no Cabral. A cerimônia contou com a presença do corpo docente, de alunos, amigos e familiares do educador.

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