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O corpo do padre Adelir de Carli, liberado pelo Instituto Médico Legal da Macaé às 21h de quinta-feira (31) deve chegar somente às 17h desta sexta-feira (1º) em Paranaguá para o velório na Paróquia São Cristóvão, onde Carli era padre. Os restos mortais do pároco estavam em uma funerária de Curitiba no começo da tarde e aguardavam a chegada à capital do bispo de Paranaguá Dom João Alves dos Santos para a descida, de carro, para o litoral paranaense.

O vôo do bispo, que esteve no Rio de Janeiro para a liberação do corpo, tem previsão de chegada no Aeroporto Internacional Afonso Pena às 16h. "Logo em seguida, ele vem para Paranaguá para fazer a entrega do corpo para o velório", conta Ernesto Lauro Klein, amigo do padre.

O religioso estava desaparecido desde o dia 20 de abril, após uma arriscada aventura em balões de gás hélio que terminou em tragédia. Seu corpo foi encontrado a cerca de 100 quilômetros da costa de Maricá, no Rio de Janeiro.

Apesar da demora para a chegada dos restos mortais do padre Adelir de Carli à cidade Paranaguá, no litoral paranaense, os fiéis que pretendem velar o corpo e assistir à missa de despedida do religioso permaneceram em vigília na Paróquia São Cristóvão, onde Carli era padre. De acordo com o pároco Rudney Viana Mendes, por volta das 11h desta sexta-feira (1º) cerca de 300 pessoas aguardavam a chegada do corpo do padre.

Mendes, ex-presidente da paróquia, está lá desde as 7h, e conta que o clima é de comoção. "Todo mundo está triste ainda. O padre era um líder na comunidade", afirma. Depois do velório, uma missa com todos os padres da Diocese de Paranaguá está programada para as 19h, com a presença do bispo da cidade Dom João Alves de Souza. Mendes estará, em seguida, em um dos dois ônibus que levarão os fiéis para acompanhar o enterro de Carli em sua cidade natal, Ampére, no Sudoeste do estado. "Deveremos chegar só no sábado, mas estarei lá para homenageá-lo".

Vôo arriscado

O padre havia saído da cidade de Paranaguá na manhã do dia 20 de abril, um domingo, alçando vôo preso a balões de gás hélio e deveria pousar em Dourados (MS). Os ventos e o mau tempo teriam desviado o padre de seu percurso, levando-o à costa catarinense.

Com informações dadas na época do desaparecimento pelo Corpo de Bombeiros da cidade, pelas coordenadas recebidas da Capitania dos Portos, o padre teria desaparecido em uma região próxima ao balneário de Penha, que fica a aproximadamente 74 quilômetros de São Francisco do Sul, no estado de Santa Catarina.

Suspenso por cerca de mil balões, Carli queria ficar 20 horas no ar e bater o recorde neste tipo de vôo. Segundo a equipe que apoiava o padre, o recorde neste pertence a dois norte-americanos, que ficaram 19 horas no ar.

Além da marca histórica, o padre dizia que iria divulgar a Pastoral Rodoviária, de apoio a caminhoneiros. Mesmo com o céu nublado e pancadas de chuva, o padre manteve o vôo. Segundo o empresário José Agnaldo de Morais, da equipe de apoio, Carli chegou a ser aconselhado a adiar a viagem, mas se recusou.

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