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Cerca de 600 pessoas, entre servidores e voluntários, tiveram de voltar para casa | Roberto Custódio/Jornal de Londrina
Cerca de 600 pessoas, entre servidores e voluntários, tiveram de voltar para casa| Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina

O tempo não colaborou e o mutirão de combate à dengue, programado para começar ontem, teve de ser adiado. O trabalho de limpeza que deve passar por 174 mil imóveis de Londrina, no Norte do estado, deve começar apenas na segunda-feira, quando a chuva deve parar.

A campanha emergencial foi preparada para prevenir uma iminente epidemia de dengue na cidade, já que os números de casos confirmados da doença vêm crescendo rápido nas últimas semanas. Com um total de 838 casos confirmados e outros 1,4 mil aguardando resultados de exames, Londrina pode ter, nas próximas semanas, uma disparada no crescimento da dengue. Se chegar a 1.608 casos confirmados, a cidade entra em estado de epidemia, ou seja, uma incidência de 300 casos para cada 100 mil habitantes.

Com chuva, no entanto, é inviável visitar as residências. De acordo com o supervisor de endemias da Secretaria Municipal da Saúde, Luiz Alfredo Gonçalves, além de sujar as casas das pessoas, os agentes correm riscos. "É perigoso, a pessoa fica tomando chuva, pode ficar doente, pode escorregar."

Junto com o trabalho de limpeza, também será feita a aplicação do fumacê, com 15 veículos cedidos pelo governo do estado. A população também é convidada a participar do trabalho de limpeza ao longo da próxima semana. Os voluntários podem se oferecer para trabalhar pelos telefones 0800-400-1893 e 3372-9409.

Críticas

O pesquisador da Universidade Estadual de Londrina (UEL) José Lopes, que estuda a dengue há dez anos, sugere uma estratégia diferente para o combate à doença na região. "Quando eu tiro os criadouros, no mutirão de limpeza, os mosquitos vão procurar outros lugares. Por isso, a primeira etapa deveria ser o fumacê, para diminuir a quantidade de mosquitos adultos." Após a limpeza, uma nova aplicação do fumacê atingiria os mosquitos que estão migrando. "Para receber os adultos que ainda sobraram, deveriam ser usadas armadilhas", sugere ele, referindo-se às ovitrampas, armadilhas criadas por ele para sequestrar os ovos do mosquito.

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