Ciclofaixas de Curitiba ganharão 57 quilômetros até o final de junho

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A prefeitura de Curitiba deve entregar mais 57,1 quilômetros de ciclofaixas até o final de junho, data prevista para a conclusão da primeira etapa do projeto de ciclomobilidade da cidade. As obras integram o novo Plano Diretor Cicloviário, que prevê investimentos de R$ 90 milhões na implantação de um total de 300 quilômetros de vias cicláveis e da instalação de bicicletários junto aos terminais de ônibus da cidade até 2016.

Além das ciclofaixas que serão entregues no próximo mês, a prefeitura diz que já foi licitado e fechado o contrato para o projeto de ciclomobilidade na Avenida Manoel Ribas, entre o Cemitério de Santa Felicidade e o Contorno Norte. A obra tem previsão de entrega para novembro deste ano.

Outros editais de licitação também estão em fase de finalização para os primeiros lotes de quatro novos projetos cicloviários: microrrede da CIC (20,7 quilômetros), rota Pinhais-Centro (sete quilômetros), rota Norte-Sul no Sítio Cercado (11,7 quilômetros) e Circuito Interparques (3,7 quilômetros). Os projetos acrescentarão mais 43,1 quilômetros de ciclofaixas em Curitiba.

Cicloativista prevê disputa por espaço em fase de adaptação

Integrante da Associação dos Ciclistas do Alto Iguaçu, Jorge Brandt prevê um período de conflito entre motoristas e ciclistas antes que a cidade se adapte às vias destinadas às bicicletas. "Em geral, eu acho que Curitiba está passando por um processo de transformação, teremos uma disputa pelo espaço. Não dizemos que o carro tem que ser retirado, mas sim a bicicleta inserida. É um processo de transformação cultural e de hábito."

Brandt também se preocupa com a sinalização de espaços novos criados para os ciclistas e que ainda são inéditos aos curitibanos. O exemplo citado por ele é o projeto da Via Calma, na Avenida Sete de Setembro, que deve ser concluído nas próximas semanas. "É preciso esperar a finalização e a prefeitura tomar as medidas necessárias para informar o cidadão de que aquele também é um espaço da bicicleta. As vias lentas não foram feitas para o fluxo de carros, mas sim para acesso ao comércio. A pista é estreita pra dois carros, mas suficiente para carros e bicicletas."